Os dias foram difíceis para o jovem acreano Rai Octaviano Araújo, de 22 anos, que estava de alta médica há mais de 40 dias no Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Rio de Janeiro, na Capital carioca. O paciente do SUS esperou por todo esse tempo para ser transferido numa UTI aérea de volta ao Acre. Isso aconteceu no fim da semana passada.
O jovem foi diagnosticado com um câncer que atingiu o osso de uma das pernas. Sem chances de cura, o rapaz precisou passar por um processo de amputação. Rai tem problemas mentais e, segundo uma prima, sofreu muito durante o período em que ficou no Rio de Janeiro. O ac24horas contou a historia dele na semana passada.
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Após as reclamações da mãe, Efigênia da Silva Octaviano, de 43 anos, a Secretaria de Saúde resolveu a questão e fez a transferência do jovem de volta para o Acre. Rai, então, foi internado no Hospital do Câncer do Acre, que fica no complexo do Hospital das Clínicas (HC), em Rio Branco.
Como classificado pela família, a situação foi um completo “descaso” que pode ter piorado ainda mais o quadro clínico do paciente. Após a alta médica, os pais de Rai dormiram nas poltronas do hospital carioca e só comiam porque funcionários do hospital ajudavam com as refeições.
“Estamos dormindo em poltronas e recebemos alimentação do hospital”, reclamou Efigênia ao explicar que a única informação dada pelo governo acreano era a de que a Força Aérea Brasileira (FAB) não aceitou fazer novamente o transporte do acreano. “O pessoal do governo só nos enrola”, afirmou.