Os deputados de situação e oposição voltaram a protagonizar um bate-boca na manhã desta quarta-feira (22) pela falta de fiscalização da cozinha do Huerb. A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) criticou o secretário de Saúde, Gemil Júnior. Ela afirma que o gestor prometeu interditar a cozinha para reforma, mas ela estaria funcionando normalmente e produzindo os alimentos de pacientes e servidores.
“Ontem, terça-feira, estive novamente na cozinha do Pronto Socorro e para minha tristeza a frustração, não passou pela reforma anunciada pelo secretário de saúde. O secretário informou que a cozinha seria fechada para reforma e que a comida passaria a ser feita pela cozinha do IAPEN, mas para minha surpresa, na terça-feira, cheguei ao local que estava em pleno funcionamento”, destaca Sinhasique.
Segundo a deputada, a vigilância sanitária não perdoa nenhum restaurante e proprietário de pensão que estiver com um ralo aberto na cozinha, mas o Estado não é fiscalizado pelos próprios órgãos. “O pau que dá em chico não é o mesmo que dá é Francisco. Esta cozinha era para estar fechada desde março do ano passado. Toda semana eu estarei lá até que se comesse a reforma desta cozinha”, enfatiza.
O líder do governo, Daniel Zen (PT) retrucou a peemedebista. Ele disse que o problema existe, “mas a senhora está maximizando o problema. Eu vi o ambiente e não é este estrago todo que a senhora está falando. O secretario me assegurou quem em 30 dias a cozinha será um espaço modelo. Vou aguardar os 30 dias para voltar a tocar neste assunto aqui na tribuna da Assembleia Legislativa”, ressalta Daniel Zen.
O governista não deixou de alfinetar a oposicionista. “Às vezes a gente repara tanto numa cozinha e esquece de celebrar as dezenas de vidas que estão sendo salvas pelos transplantes realizados no Estado do Acre. Num único final de semana se faz seis transplantes. Agora, achar que porque está faltando uma tampa numa caixa de gordura, denegrir o capital técnico da saúde em favor do salvamento de vidas”.
Segundo o petista, o Acre tem uma das melhores estruturas para realizar transplantes no país. “Não se faz mais transplantes porque as pessoas não têm a cultura de doar os órgãos de seus parentes que morrem no Estado. Quero convocar os colegas para uma cruzada para incentivar a doação de órgãos. Pouquíssimos estados brasileiros contam com a estrutura que o Acre tem”, destaca o líder de Sebastião Viana.