Após quase um ano do homicídio do delegado aposentado, Felix Alberto da Costa, de 64 anos, a Justiça do Acre mandou soltar, Antônio Raimundo dos Santos Conceição, mais conhecido como “Negão da Socorro”, e Valdelir Oliveira de Souza. Ambos estavam presos preventivamente no presídio Francisco de Oliveira Conde como principais suspeitos de terem cometido o crime.
Segundo o que foi apresentado pela Polícia Civil, os dois teriam atacado o delegado em uma das porteiras de sua fazenda, situada na rodovia Transacreana, km 90, no dia 19 de março de 2016. “Negão da Socorro”, foi quem teria efetuado o disparo na nuca da vítima devido o delegado ter registrado boletim de ocorrência pelo furto de gado de sua propriedade.
O alvará assinado pelo Juiz, Leandro Leri Gross, diz que o motivo para a soltura foi impronúncia, ou seja, o juiz concluiu que não existiram provas ou a existência de indícios suficientes que os colocassem na posição de autores do crime.
De acordo com o advogado de defesa, Silvano Santiago, um dos fatores que contribuíram para a decisão do juiz foi a imprecisão da principal testemunha apresentada como testemunha ocular, que disse não ter certeza da identidade do vulto que ele havia visto correndo para o meio do mato.
Outros fatores prescindíveis, foram os resultados dos exames periciais, que apontaram negativo para a presença do DNA dos suspeitos em uma bagana de cigarro encontrada no local do crime e resultado negativo para presença de pólvora nas mãos dos acusados pelo teste residuográfico.
A decisão foi expedida pela 1ª Vara do Tribunal do Juri da Comarca de Rio Branco, na última segunda-feira, 06 de março de 2017.