Umas das pioneiras do judô feminino no Brasil, Soraia André virou livro. “Japonegra: uma história de superação, fé e amor.
A Federação Acreana de Judô, presidida pelo polivalente Delfino Júnior, vai homenagear na próxima sexta feira (10), a judoca conhecida como uma das personalidades desse esporte no país e no mundo.
O evento vai acontecer no DOJÔ Central Estação, na Rua João Cancio, no bairro Estação Experimental.
Na ocasião, a “Japonegra”, vai lançar seu livro, que conta sua trajetória no judô.
O título do livro faz referência ao apelido que Soraia André ganhou ao ingressar na Associação de Judô Imirim, em São Paulo em 1976, já que todas as outras 11 meninas do clube eram descendentes de japoneses, professores do clube. Na época, as mulheres eram proibidas de praticar esportes que fossem “incompatíveis com o sexo feminino, como lutas de qualquer natureza, futebol de praia, futebol de salão, pólo aquático, halterofilismo e beisebol”, de acordo com o decreto-lei 3199/65, instaurado durante a ditadura militar.
Depois do fim do decreto, Soraia passou a disputar suas primeiras competições e tem em seu currículo a disputa dos Jogos Olímpicos Barcelona 1992, os ouros nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis-1987 e no Campeonato Pan-Americano de 1982, dentre outras importantes conquistas. Produzido pela Bueno Editora, o livro detalha toda a trajetória de uma das primeiras negras a praticar judô no Brasil. da seleção brasileira dea ingressar no Judô.
A obra conta com vários depoimentos, incluindo da técnica da seleção feminina de Judô, Rosicleia Campos; da técnica da seleção sub-21 feminina, Andrea Berti; da pentacampeã brasileira, Solange Pessoa; da bicampeã sul-americana, Monica Angelucci; dos senseis Miguel Suganuma e Kanda; do presidente da Federação Paulista de Judô, Alessandro Puglia; e do vice-presidente da Confederação Brasileira, Francisco de Carvalho Filho; entre outros.