A tão conhecida farinha de Cruzeiro do Sul está na iminência de ganhar a sua Indicação Geográfica (ID). Essa semana agricultores e técnicos acertaram últimos encaminhamentos da documentação, que será enviada ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPE), órgão que concede a IG, uma espécie de marca do produto.
A indicação geográfica (IG) tem como objetivo estabelecer qualidades e diferenças para determinados produtos de acordo com a região onde é produzido. O produto portador de uma IG tem identidade própria e é inconfundível, ou seja, é necessário que haja algum componente histórico ou cultural com a região que o diferencie dos demais. As Indicações Geográficas são um direito de propriedade intelectual, do mesmo modo que as patentes e as marcas.
O levantamento histórico sobre a farinha da região foi entregue ao chefe-geral da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Eufran Amaral. Técnicos da empresa coordenam o projeto “Farinha de Cruzeiro do Sul: Fortalecimento da Agricultura Familiar e Indicação Geográfica do Território da Cidadania do Vale do Juruá”.
O projeto é executado em parceria com o governo do Estado, Sebrae e o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A tradicional farinha de mandioca, produzida artesanalmente no Juruá ficou conhecida pela sua qualidade como “Farinha de Cruzeiro do Sul”. Para obter o selo, o produtor rural deve associar padrões de qualidade às características geográficas e culturais de uma dada região, além de proteger o processo tradicional de fabricação do produto.