Não durou muito a alegria de um grupo de acreanos que está em Porto Alegre (RS) e tentou fazer uma transmissão ao vivo do velório do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavaski, que morreu na quinta-feira, 19, após um acidente aéreo em Parati, no interior do Rio de Janeiro.
A transmissão, que durou pouco mais de 35 segundos, mostra um panorama do lado de dentro do Tribunal Regional Federal (TRF), onde ocorre a cerimônia fúnebre do ministro. Na área interna é proibido fazer qualquer tipo de imagem. Justamente por isso, uma suposta familiar de Zavaski alerta o grupo e manda encerrar a transmissão.
Por telefone, o acreano Francisco Ribeiro, que milita em movimentos populares, disse que não sabia da proibição e que, tão logo foi solicitado, parou a transmissão. Ele não quis, contudo, gravar entrevista.
Nas imagens fica claro que antes da mulher se aproximar, e chamar a atenção dos acreanos um dos colegas de Ribeiro pede, discretamente: “Abaixa isso aí, ôh”. Em seguida, a bronca: “Não pode foto aqui dentro. Não pode! Desliga!”, determina a mulher.
Investigações
A apuração das razões técnicas que contribuíram para o acidente, como a influência do mau tempo, da aeronave e do piloto, ficam a cargo do Cenipa, que esteve no local da queda na quinta-feira. Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) irão apurar se houve eventual intenção deliberada de derrubar o avião.
O MPF de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, abriu inquérito a respeito. A responsável é a procuradora da República Cristina Nascimento de Melo.
Na PF, o inquérito está sob responsabilidade do delegado chefe da corporação em Angra, Adriano Antonio Soares. O policial aguarda a chegada em Angra de um grupo da PF de Brasília, especializado em acidentes aéreos.