Alardeado como um evento capaz de movimentar meio milhão de reais até o sábado, 24, a segunda edição da feira natalina do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no município de Cruzeiro do Sul, não empolgou os consumidores. Nem mesmo o setor de alimentos, responsável em atrair a clientela à praça, no centro da cidade, tem tido os resultados alcançados em 2015.
É o que afirma Francisco Elisson dos Santos, de 20 anos. Desempregado, ele ajuda o pai numa lanchonete no centro, e ambos viram na feira uma oportunidade de aumentar os lucros. “Mas o movimento tá ruim. Nem à noite a gente vende o que gostaria”, diz.
Com cerca de 50 reais em vendas diárias, Elisson duvida que a feira consiga levantar o capital estipulado pela diretora técnica do Sebrae, Cídia Gomes. Seu pessimismo reside no fato de que a lanchonete do pai, a 200 metros do local, fatura bem mais do que isso.
O artesão Jefferson Araújo, de 21 anos, também não concorda com o otimismo do Sebrae. Com faturamento médio de 150 reais por dia, ele conta que esperava bem mais do evento, comparado ao que consegue vender na Casa do Artesão, onde é expositor.
Com o fraco movimento a se consolidar nos primeiros dias de evento. Jefferson não crê nem mesmo que o pagamento do 13º salário do funcionalismo municipal possa mudar o quadro das vendas no local.
“A projeção do Sebrae foi irrealista, feita pra atrair a tenção da mídia”, opinou.
Cerca de 60 pequenos empreendedores compõem a feira natalina deste ano.