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Socialismo da pobreza

Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o brasileiro ficou, em média, 5,4% mais pobre em 2014. (Não dá para asseverar com base em dados, mas em tese, neste ano, a tendência deve ter se repetido, dada a retração das vendas e o avanço do desemprego).


Já descontada a inflação, o rendimento mensal do trabalhador passou de R$ 1.950 para R$ 1.853 entre 2014 e 2015. Em 11 anos, esse foi o primeiro recuo, em termos reais, no rendimento dos brasileiros.


De acordo com o IBGE, a queda do rendimento já era esperada em função da conjuntura de recessão na economia.


Para o trabalhador que se sabe mais pobre que em 2014, no entanto, há o “conforto” de saber que, segundo a pesquisa, a crise brasileira é democrática no seguinte aspecto: todas as camadas sociais sofreram o impacto da redução da renda em 2015.


Em outras palavras, todo mundo saiu perdendo no ano passado. Trata-se – quem diria – do maior feito do governo petista, que acabou por socializar a pobreza entre nós.


Ainda de acordo com o IBGE, a metade mais rica dos brasileiros sofreu uma queda maior dos rendimentos quando comparada com os da metade mais pobre. Isso significa que pela primeira vez na história do Brasil, os pobres perderam menos que os ricos – outro grande feito dos governos do PT.


Com isso, o Índice Gini, que mede a desigualdade entre ricos e pobres, o Índice de Gini, caiu de 0,497 para 0,491 em 2015.


É uma má notícia, claro, para “as elites” responsáveis pela queda da ex-presidente Dilma Rousseff, responsável pelo caos econômico em que o país mergulhou. Tampouco é uma boa notícia para os trabalhadores, que continuam a pagar a conta do desastre.


Incapaz de reverter o quadro de recessão que se abateu sobre todos nós, o PT, uma vez enxotado do governo, passou a comemorar os números desfavoráveis da economia e do desemprego crescente. Não acredita? Acesse os sites que deram sustentação ao governo anterior e agora vivem de alardear o fim do mundo.


Dilma, toda professoral, passou a dar entrevistas aos veículos de comunicação que anabolizou com dinheiro público durante sua gestão.


Fora do governo, e relegada ao esquecimento pelo criador, Lula, ela atualmente é hábil em apontar os erros dos adversários, ainda que não tenha sido capaz de debelar os próprios.


Segundo dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil perdeu 74.748 vagas de trabalho em outubro deste ano – 35.466 empregos formais a mais que os perdidos em setembro.


A boa notícia? A maior parte dos empregos está concentrada no Estado de São Paulo, bem longe da realidade acriana.


A má notícia é que o Acre não pode perder o que não produz.


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