Por qualquer variável que você buscar entre os destaques políticos de 2016 estará o prefeito Marcus Alexandre, reeleito com a maior votação que já aconteceu sobre a oposição, na Capital. Tinha tudo para não ter sucesso nas urnas: com a Lava Jato a imagem do PT, seu partido, estava na lama. Fez uma jogada arriscada, mas que, no contexto era bola ou burica: deixou todas as lideranças regionais fora da campanha na televisão, não usou a imagem do Lula, tirou a cor vermelha da campanha e o 13 virou mero detalhe jurídico, escondido com a estrela símbolo do petismo, num cantinho da propaganda. Como tinha feito uma administração muito próxima dos moradores dos bairros e com realizações, conseguiu forjar a imagem que era uma figura com luz própria e descolada do PT e do seu desgaste. Fez uma campanha sem atacar ninguém e ainda foi ajudado por uma oposição ridícula, dividida e desunida. Não adianta mimimi, Marcus Alexandre terminou esta eleição como a figura que mais brilha dentro do PT acreano. E pronto para vôos futuros. Para a oposição, que mais uma vez disputou a PMRB rachada, restou a balsa para Manacapuru, da qual se tornou freguesa.
Muito improvável
Como a ex-deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) será candidata à Câmara Federal em 2018, é muito improvável que o deputado federal Moisés Diniz (PCdoB), interino, dispute o mesmo espaço. Não é preciso conhecer o PCdoB para saber que jogarão tudo na Perpétua.
O poder impressionante
É uma experiência de longos anos de jornalismo, acompanhando governadores e prefeitos. E quando se está no poder que se deve consolidar aliados. Quem não faz isso, ao deixar o poder desaba nos ostracismo, o poder é passageiro, quando menos se espera, já perdeu. Só que, alguns pensam ser eterno, não é e somem na vala do anonimato quando voltam à rua.
Faz parte do marketing
Conversei ontem com quem tem a situação financeira do Estado na palma da mão. Confirmou suspeita da coluna de que, o governador já tem em caixa o dinheiro para pagar novembro, dezembro e o 13º. “Tinha de fazer o marketing do suspense para valorizar”, ponderou.
Nunca acreditei
Antes da confirmação dessa fonte do meio econômico, eu duvidava muito de que o governador deixaria de pagar os meses restantes e o 13º, pelo fato de que relegou as secretarias a pão e água e não vem pagando os credores do Estado. E também pelo fato de que se não fechasse o ano no azul com os servidores, seria o fim político do governador.
Agenda cheia
O senador Gladson Cameli (PP) está de agenda cheia. Vai ao Juruá para assinatura de contrato do DNIT com empreiteiras para recuperar a BR-364, que boa parte virou um ramal vagabundo e encerra: com uma visita à ponte sobre o Madeira, obras que promete acompanhar de perto.
Esqueçam essa doidice
Esqueça a possibilidade maluca do prefeito Vagner Sales (PMDB) disputar o Senado, sua filha Jéssica Sales (PMDB) sair para a reeleição e a mulher Antonia Sales (PMDB) à deputada estadual. Isso soaria ao eleitor como um ato de arrogância, e nada simpático ao eleitorado.
Sem válvula de escape
Caso Vagner Sales venha optar por disputar o Senado, em 2018, teria que queimar a reeleição da deputada Jéssica Sales (PMDB), porque precisaria fazer alianças em outras regiões, que são imprescindíveis para quem disputa cargo majoritário. Vagner só tem o Juruá como reduto.
Em que pé ficou?
Quem mal pergunte aos deputados Luiz Gonzaga (PSDB) e Gehlen Diniz (PP), em que ficaram as CPIs da BR-364 e da venda de casas na Cidade do Povo. Está todo mundo amoitado, isso cheira a um grande acórdão para não mexer com o vespeiro. Que tem cheiro, como tem!
Fica muito difícil
Aliado do ex-prefeito Tião Bocalon (DEM) comentava ontem na Aleac que, ninguém na oposição tem moral de chegar e dizer que ele tem de recuar da disputa do Senado, em 2018. “Quando todos da oposição fugiram para não disputar a PRB e Governo, ele disputou”, lembra.
Enganado na boa fé
Na sua avaliação, Tião Bocalon (DEM) não cairá mais no conto do vigário em que caiu na eleição municipal, quando um grupo da oposição liderado pelo PSDB, prometeu que seria o candidato a prefeito e não cumpriu. Agora não precisa esperar por ninguém para disputar o Senado.
Ainda ficam com raiva
Tem gente do governo que ainda torce a cara quando se coloca que a cidade virou o paraíso dos bandidos. Roubaram o SEDEX e a casa do Marcus Vinicius, editor do AC-24 horas, de onde levaram tudo, até a comida da geladeira. Não dá nem para reclamar ao Papa, mora em Roma.
Não pode dar certo
Uma unidade como a PM que não tem carros e motos suficientes, a gasolina é racionada em 10 litros para as poucas viaturas que ainda rodam; como exigir que, façam rondas pela cidade? Só se for os PMs correndo atrás dos bandidos a pé ou usando os cômicos apitos. Virou caos.
Nem para cobrar dá
Com essa falta de estrutura não dá nem para se exigir que as cúpulas da Polícia Civil e da PM façam além do que estão fazendo. A questão não é quem comanda e trocar não adianta nada, a questão é que estão trabalhando com uma estrutura no limite e milagres não podem fazer.
Agora é para valer
A decisão do STF agora é para todo mundo: quem for condenado em segunda distância pode ser preso. Não é uma notícia, particularmente, boa para a classe política, a maioria enrolada.
É quem vai ditar o jogo
A delação da Odebrecht é quem vai ditar quem será ou não candidato aos cargos majoritários. Pode acabar com a carreira de muito senador, deputado federal, ex-presidentes e ministros. Não adianta ficar brincando de se fazer previsão política para 2018 antes dessa delação.
O que é a vida
Um amigo de Brasiléia contou ontem que sente pena do prefeito Everaldo Gomes, porque depois que foi afastado da prefeitura, teve os bens apreendidos, ninguém o procura para lhe dar uma palavra de conforto. Muitos que viviam lhe puxando o saco, ainda falam mal
Olhos voltados
Os olhos dos eleitores estão voltados para os atuais vereadores, que serão os responsáveis por darem reajuste salarial aos novos vereadores, ao prefeito e a sua vice. Lembrando que estamos numa crise econômica braba. Não cabem no contexto os salários nababescos.
Adote uma criança
Neste Natal procure o departamento dos Correios e adote uma criança para lhe dar um presente natalino. O valor gasto não fará falta para você, mas deixará uma criança pobre feliz.
Gostinho de isolamento
A deputada Eliane Sinhasique (PMDB), que foi uma guerreira, aprendeu uma lição durante a sua campanha para a prefeitura de Rio Branco: o gostinho do isolamento, que já sentiu quem já disputou eleição majoritária na oposição. Tocam fogo e depois desaparecem.
Tatame caro
A doação de um tatame para lutas marciais, durante a campanha pela prefeita eleita Marilete Vitorino (PSD), poderá lhe custar muito caro, até ter o registro cassado e a diplomação impedida. O Juiz do caso não aceitou a tese de que a gravação do ilícito foi clandestina e por isso não valeria como prova. Isso é um indício de que pode levar uma canetada negativa.
Nova eleição
Sendo a prefeita eleita Marilete Vitorino (PSD) condenada, se teria nova eleição em Tarauacá.
Um espelho para se mirarem
Três prefeitos foram presos, dois afastados dos seus cargos, outros com bens indisponíveis, este é o retrato da atual safra de prefeitos, que em janeiro encerram os seus mandatos. Os novos prefeitos devem entrar pautados que o tempo da impunidade, que se metiam os pés pelas mãos, depois do surgimento da Lava Jato, acabou. Além disso, eles vão pegar prefeituras quebradas, inadimplentes, e terão que conviver com uma braba crise financeira. Quem entrar fazendo nomeações, favorecendo familiares e afilhados é prenúncio de que afundará. Tem mais uma particularidade: o povo não quer saber de desculpas, quer que cumpram as promessas de palanque. Se tem recurso ou não, se o tempo é de crise, não é problema da população.