Lais Silva, de 06 anos, atropelada no último sábado, dia 12, em Jordão (AC), morreu à espera de uma transferência para Rio Branco através do setor de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre). A criança foi atropelada por um motociclista que não prestou socorro após o acidente.
A menor estava internada no hospital de base de Jordão em estado grave, situação que levou uma médica a solicitar a remoção da menina à Capital, mas o TFD, apesar de autorizar o translado, não garantiu a transferência em tempo hábil. Com isso, a criança morreu ainda no interior do estado.
Por telefone, uma funcionária do hospital afirmou que houve demora por parte do setor de Regulação da Sesacre, que é ligado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Rio Branco (AC). Se não fosse isso, o deslocamento teria ocorrido para Cruzeiro do Sul, cidade que fica a minutos de Jodão, via aérea.
“Foi uma falta de mobilização. Tudo bem que demoraria, mas eles deveriam ter feito de tudo para salvar essa vida. A imprensa é quem nos ajuda a divulgar esses descasos com as vidas, com a saúde. O Ministério Público tem que tomar providências”, disse.
Segundo a Polícia Militar, não houve tempo de o motociclista desviar da menina. “Havia um carro à margem da rua e a criança atravessou na frente desse carro. O rapaz na moto não conseguiu ver e atropelou. Uma fatalidade, infelizmente”, comentou o capitão Fortunato Silva.
Criança atropelada não foi transferida por questões operacionais, diz Sesacre
A morte de Lais Silva, de 06 anos, atropelada no último sábado, dia 12, em Jordão (AC), é um dos assuntos mais falados entre os moradores da cidade. A menina não foi transferida pelo setor de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) e acabou morrendo no Hospital da Família, três horas após o acidente.
Segundo noticiou ac24horas, ainda no sábado, a médica que atendeu Lais pediu que, com urgência, ela fosse trazida para Rio Branco, mas a autorização de translado teria sido negada pelo TFD. A aeronave que presta serviços ao governo do Acre não teria decolado para buscar a menina. A menina apresentava fraturas no pescoço, cabeça e pernas.
Na tarde desta segunda-feira, dia 14, a pasta esclareceu que a decolagem não ocorreu porque a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) não permite pousos e decolagens na pista de Jordão durante o período noturno, pois o espaço não tem iluminação para as aeronaves taxiarem.
“A solicitação foi realizada às 16h23 (…) a empresa que faria o translado informou que não poderia transportar a paciente já que o voo sairia de Cruzeiro do Sul por volta das 17h e, neste horário que não é mais permitido pousos ou decolagens em pistas do interior do Acre (…) o avião não teria condições seguras de pousar no Jordão e, tampouco, decolar do município com destino a Rio Branco”, esclareceu a Sesacre.
Ainda em nota, a Secretaria de Saúde negou que houve falha no atendimento da criança e alegou que todos os procedimentos necessários à manutenção da viva de Lais foram tomados. A pasta se solidarizou com os familiares da criança.