Um total de 160 pacientes que aguardam remoção pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD) no Vale do Juruá estão sendo reavaliados por especialistas de cabeça e pescoço e neuropediatria. A ação é para que o poder público só transfira a Rio Branco os pacientes eu realmente precisam.
Em tempos de crise, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) tem passado por duros momentos. Não por acaso, durante a greve dos servidores, dialogou para que o movimento grevista fosse suspenso e a rotina hospitalar retornasse à normalidade, com 100% dos profissionais em atividade. Os gastos estão sendo otimizados.
Nesse sentido, os especialistas que foram para Cruzeiro do Sul atenderão quase duzentos pacientes que teriam de vir à Capital. O custo seria altíssimo. Os médicos fazem atendimentos desde a quarta-feira, dia 2, e podem ajudar inclusive pacientes acometidos pelo câncer, ainda sem diagnóstico.
“Essa é uma ação realmente necessária. Na maioria dos casos, os médicos avaliam epiléticos, pessoas com paralisia e autismo, por exemplo. Estamos gastando com dois profissionais. Se fossemos transferir os pacientes, gastaríamos com quase 200 pessoas”, explica o secretário Gemil Júnior.
Para o gestor, “o dinheiro público precisa ser bem aplicado. Como a demanda é muito grande, tenho solicitado ao setor de Regulação um trabalho ainda mais sensível, atendo às necessidades dos nossos usuários do SUS. Estamos avançando bastante, e enviar esses profissionais foi realmente positivo. Temos seguido aqui a orientação do governador, que está sendo atento aos serviços”, completa.
A demora nas transferências via TFD do Acre é constantemente motivo de reclamações e denúncias à imprensa e ao Ministério Público Estadual (MPE). Com os atendimentos no Juruá, sem o deslocamento para Rio Branco, a merendeira Kátia Maria de Oliveira Lima se mostra satisfeita: “Assim ficou melhor, ou a gente teria que ir pra Rio Branco, e poderia ser demorado”.