O médico Antônio Gilson, denunciado ontem (segunda-feira, 4), em matéria publicada em ac24horas, pelo cunhado de uma vítima de acidente de trânsito, que teria se recusado a entregar um atestado, encaminhou e-mail a reportagem para dar sua versão dos fatos.
Após a denuncia, a reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que informou que o caso será apurado para averiguar se houve erros durante o procedimento do médico no atendimento as vítimas.
De acordo com o e-mail, Antônio Gilson afirma que todos os procedimentos necessários para o atendimento às vítimas foram adotados, inclusive a realização do exame de radiografia.
O profissional disse ainda, que o cunhado da vítima, que seria um agente socioeducativo estava fardado e invadiu o Setor de Atendimento Traumático da UPA do 2º Distrito intimidando e exigindo o atestado médico, mesmo sendo alertado que no caso de uma das vítimas o documento não era necessário, já que as lesões eram superficiais.
Antônio Gilson alega ainda que o agente de forma agressiva e ameaçadora continuou exigindo o atestado, fazendo com que o médico parasse com os atendimentos e se retirasse do local para procurar os policiais que faziam a segurança no hospital, mas foi seguido pelo agente que aos gritos afirmava que ele poderia chamar a polícia, pois nada aconteceria.
Quanto as acusações de que teria tomado o celular das mãos do denunciante, o médicos Antônio Gilson confirma que tomou o celular das mãos do agente depois de vários pedidos para que este não o filmasse.
Veja na íntegra o e-mail enviado a reportagem:
Agente socio educativo, cunhado de vitima de acidente de trânsito que após ser atendida, radiografada, medicada e liberada, usando farda invadiu o Setor de atendimento traumático onde eu atendia outros pacientes, me intimidando e exigindo que eu desse atestado médico, que após ser explicado que as lesões eram superficiais e que não era necessário o atestado, o agente de forma agressiva e ameaçadora continuou a exigir o referido atestado, me retirei da sala para procurar os policiais que faziam a segurança no local e o agente continuou a me seguir nos corredores gritando que eu poderia chamar a polícia que com ele não iria acontecer nada. E perante pacientes e funcionários presentes no local e com o celular na mão me filmava e eu pedia para que o mesmo nao continuasse gravando, foi quando tirei de suas mãos o celular e com a intervenção das pessoas que encontravam-se no local devolvi e voltei para o setor. O agente continuava causando tumulto e transtorno e com voz alterada me fazia ameacas sendo logo em seguida retirado do local.