O site UOL, em sua página Eleições, fez uma radiografia das candidaturas petistas nas principais capitais brasileiras. Os dados, reproduzidos a seguir, mostram que o PT sofre o baque das denúncias de corrupção e da crise gestada no governo de Dilma Rousseff.
Historicamente bem aceitos no Nordeste, nove dos candidatos petistas oscilam em torno dos 10% de intenção de voto – o que é insuficiente para vencer as eleições. Segundo o UOL, apenas quatro – os de Aracaju, Fortaleza, Recife e São Luís – teriam chances de chegar ao segundo turno ou de se elegerem ainda no primeiro.
Analistas consultados pelo UOL acreditam que a crise nacional do partido com as acusações de corrupção descobertas com a Operação Lava Jato, o impeachment e o sentimento anti-PT têm distanciado o eleitor dos candidatos petistas.
No Acre, o prefeito Marcus Viana vive uma realidade bem diferente, com chances de eleger ainda no primeiro turno.
Temendo perder votos, os candidatos do PT evitam usar o vermelho na propaganda eleitoral e aboliram a estrela do partido. Marcus Viana trocou a cor clássica pelo alaranjado.
Esse distanciamento das raízes partidárias pode significar que o PT está a caminho da extinção. Não é à toa que os caciques da legenda falam em refundação partidária. O que isso significa, porém, nem eles mesmos devem saber.
O mais interessante é que o PT escalou Lula para tentar anabolizar as candidaturas dos correligionários no Nordeste. Pelas últimas pesquisas de intenção de voto, ainda não houve resultado de sua participação em comícios e programas eleitorais.
Isso significa que a maior estrela petista não tem mais a força de outrora. Desgastado pelas denúncias de corrupção – e agora réu na Lava Jato – Lula caiu em desgraça, e com consigo deve levar grande parte da força da sigla.
Mas o que intriga é que o PT, com o desgaste que sofre Brasil afora, segue fortalecido no Acre.
Em parte pelo desempenho dos seus líderes. Em parte também pela inépcia de uma oposição incapaz de virar o jogo e convencer o eleitor de que pode ser uma alternativa aos que estão no poder há tempo.