O PRB está cada vez mais longe de ser considerado um “nanico”. Desde a eleição de 2014 que o partido tem crescido bastante. Para se ter uma ideia em 2010 elegeu oito deputados federais e deu um salto para 22, em 2014. Tem um senador eleito e, Romário (PSB–RJ), tem sinalizado uma possível mudança de filiação e pode ir para o partido. Agora, nas eleições municipais, candidatos do PRB lideram as intenções de votos nos dois maiores colégios eleitorais brasileiros, Rio e São Paulo. Marcelo Crivella (PRB) e Celso Russomano (PRB) serão nomes certos no segundo turno das duas principais cidades do país. É bastante para um partido que nasceu para ser o braço político da Igreja Universal do Reino de Deus. Durante o impeachment da presidente Dilma (PT) o PRB votou unido a favor. Conseguiu ocupar o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC) com o seu presidente Marcos Pereira e se tornou um dos principais aliados do presidente Michel Temer (PMDB). Esse crescimento do PRB denota uma mudança política no Brasil em direção às ideologias mais conservadoras depois do predomínio do PT e de outras legendas “supostamente” de esquerda.
O PRB do Acre
Conversei com o deputado federal Alan Rick (PRB) sobre os rumos do PRB acreano. Ele disse o seguinte. “Temos uma tese de apresentar alternativas às velhas políticas. Estamos trabalhando para fortalecer as nossas lideranças em todo o país,” afirmou.
Passos maiores
Sobre a possibilidade do PRB ter candidaturas majoritárias nas eleições de 2018, Alan ponderou: “Estamos conversando com os eleitores em todos os municípios, mas essa possibilidade existe sim. Mesmo porque estamos fazendo uma representação qualificada em Brasília. Liberei R$ 4,5 para reformar o Hospital de Sena Madureira e mais R$ 2,5 milhões para o de Acrelândia. Estamos no rumo certo.”
O jogo do PRB
A verdade é que Alan Rick sonha com a disputa do Senado, em 2018. Mas não está descartada a possibilidade de ser candidato a vice ao Governo em algumas das chapas que se apresentarem. Outro caminho para o PRB seria receber a filiação do prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), que sairia candidato a governador, em 2018. Sobre isso, Alan, foi curto e grosso: “O Marcos será muito bem vindo”.
Andando
O deputado federal Flaviano Melo (PMDB) tem dado enorme contribuição aos candidatos a prefeito que apoia no Acre. Na semana que passou já esteve em Feijó para ajudar Pelé Campos (PMDB), em Porto Acre para apoiar Abílio Rodrigues (PMDB), em Sena Madureira com Mazinho Serafim (PMDB) e no Bujari com Francisco Bessa (PMDB).
Amigos
Por onde passa o discurso de Flaviano é parecido. Através da sua amizade pessoal com o presidente Michel Temer (PMDB) poderá viabilizar recursos para os municípios governados pelo PMDB. O mesmo vale para a candidata de Rio Branco, Eliane Sinhasique (PMDB).
Futuro garantido
Quem também tem tido um papel de destaque nas eleições municipais é a deputada federal Jéssica Sales (PMDB). Ela tem sido figura constante nos comícios do candidatos aliados nos municípios do Vale do Juruá. O discurso da “moça” melhorou muito e parece que pegou gosto pela política.
Debate não ganha eleição
Acompanhei os debates televisivos dos candidatos às prefeitura de Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Uma coisa é certa, não são mais os debates que decidem uma eleição. Podem ajudar um ou outro indeciso, mas não é um fator decisivo. Estou cada vez mais convicto que com o novo formato de eleições o importante é fazer uma pré-campanha bem feita. É durante o período que antecede a campanha oficial que os políticos podem solidificar os seus nomes e entrarem competitivos na disputa.
