A situação das contas públicas no Acre é cada vez mais preocupante. Nesta terça-feira, 13, o governador Sebastião Viana se reuniu com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, onde, ao lado de outros 18 governantes, discutiu propostas para melhorar a arrecadação estadual.
Com a situação econômica se agravando dia após dia, o Acre poderia ter decretada a situação de calamidade financeira. Pelo menos é o que afirma uma reportagem do jornal Folha de São Paulo. Essa seria a ameaça de 14 governadores das regiões Norte e Nordeste –cujos nomes não foram citados- para que o governo Temer ceda aos pedidos dos governantes.
A Secretaria de Comunicação do Governo do Acre comunicou ao ac24hroras que ainda não há possibilidade de o Executivo acreano decretar a situação de Calamidade Financeira. Isso, na verdade, ocorreria apenas nos estados que estão com salários de servidores em atraso, situação que ainda não ocorre no Acre. A chefe da Casa Civil, Marcia Regina, acompanhou a agenda do governador com o ministro.
A linha de raciocínio dos governadores é de que o possível estado de calamidade decretado em peso pelos Estados pode prejudicar a imagem do país como um todo e, com isso, fragilizar também a imagem do governo do presidente Michel Temer, que deixou a interinidade há duas semanas. Segundo apurou o periódico, apenas os estados do Ceará e Maranhão não sinalizaram essa possibilidade.
TENSÃO
A reunião teve momentos de tensão, em que os governadores acusaram o governo Temer de recuar de sua promessa de ajudar os Estados em dificuldade. Eles lembraram ao ministro Meirelles uma promessa feita pelo líder do governo na Câmara, André Moura (PSCSE), em 10 de agosto, de que o governo estava estudando uma proposta para atender aos Estados em dificuldade.
Um dos presentes contou à Folha que Meirelles disse desconhecer a promessa, o que causou irritação entre os governadores, que foram buscar o vídeo com a declaração de Moura, feita no plenário da Câmara, para mostrar ao ministro.
O deputado Fabio Faria (PSDRN) classificou como “desrespeito” o desconhecimento de Meirelles. O ministro não recuou. Ele disse que não há como atender o pedido integral dos governadores de R$ 14 bilhões, mas indicou que tentaria liberar autorizações de empréstimos no valor total de R$ 7 bilhões, o que não agradou os interlocutores.
POSTURA DISCRETA
O Governo do Acre comentou a reunião de Sebastião com o ministro e, no site da Secretaria de Comunicação, afirmou que Meirelles comprometeu-se a analisar a proposta dos governadores, rever o que havia sido colocado anteriormente, assim como os pleitos, e o agravamento da situação de alguns estados para, em seguida, dar procedimento à demanda. Entre os encaminhamentos finais, ficou acordada a solicitação de uma nova agenda dos governadores com o presidente Michel Temer.
A Secretaria de Comunicação do Governo do Acre comunicou ao ac24hroras que ainda não há, ainda, possibilidade de o Executivo acreano decretar a situação de Calamidade Financeira. Isso, na verdade, ocorreria apenas nos estados que estão com salários de servidores em atraso, situação que ainda não ocorre no Acre.