O candidato á reeleição, prefeito Marcus Alexandre não foi atingido pelo estigma do PT, depois da “Lava-Jato”. A oposição apostava na contaminação. Sabiamente, ele jogou no lixo os velhos ícones petistas. Forjou um perfil pessoal positivo, a maioria do seu eleitorado não é petista, mas conquistada na sua presença constante nos bairros ao longo do mandato. O eleitor vota no Marcus, não vota no PT. Tanto é verdade que venceu todas as pesquisas divulgadas até aqui, sem colocar um medalhão petista no vídeo. Nem regional e nem nacional. Criou um discurso próprio, sem ranço. São estes ingredientes que fizeram o Marcus não ser atingido pela nódoa do seu partido na opinião pública. Se ganhar a eleição será mérito seu. Pertencer ao PT, no caso, é um mero acessório. Não lhe ajudou em, absolutamente, nada.
Toda vantagem foi para o ralo
Pelo que eu vi ontem a candidata a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), perdeu toda a vantagem que tinha antes da entrada do candidato Manoel Prete (PSDB). A eleição passa a não ter favorito. Isso não é bom na reta de chegada, para quem vinha liderando disparada.
Tapinha nas costas e conversa não resolve
A deputada Leila Galvão (PT) terá que meter a mão na bolsa e jogar na campanha da candidata Fernanda Hassem (PT), porque é a partir de agora que a eleição começa a se decidir, em Brasiléia. Tapinha nas costas; conversa de comadre, não funciona na reta de chegada. É na semana final que costuma se perder eleição majoritária.
Muito tranqüilo, mas cuidado!
Pelo que me chegou às mãos o candidato a prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros (PSDB), continua favorito. Só precisa ter cuidado para a última semana da eleição. Há notícia de uma investida nada ortodoxa. A justiça eleitoral poderia fazer um monitoramento que vai pegar peixe na rede.
Como é que pode?
Não consigo entender como o Raimundo Vaz (PR), calejado de tantas eleições, passado político impecável, entra numa cazumbamba de disputar uma eleição para a prefeitura de Rio Branco sem, pelo menos, uma estrutura razoável de campanha. Não tem nem programa de Rádio.
Outra disputa ferrenha
Em Xapuri, polarizou de vez, entre as candidaturas de Bira Vasconcelos (PT) e de Ailson Mendonça (DEM). Pelo que vi, os demais candidatos desabaram, o que era natural. A juventude, não ter o desgaste de ter sido prefeito, podem ao final favorecer o Ailson.
Jogo embolado
Fica muito improvável se apontar um favorito na eleição para a prefeitura de Capixaba. O fato de ter muitas candidaturas num colégio eleitoral pequeno pulveriza os votos e nenhum dos candidatos consegue se desgarrar abrindo vantagem. Em Capixaba será voto a voto.
Ou ganhe ou perca
Ou a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) ganhe ou perca a disputa da prefeitura, uma marca ficará: não havia no momento melhor nome que o dela na oposição. O que lhe falta é não ter um Tião Bocalon (DEM) também como candidato, porque neste caso se teria o segundo turno.
Maior do que entrou
Uma coisa é certa, caso a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) perca a eleição para a PMRB, ainda assim sairá mais forte do que entrou e vira nome em potencial para novos embates.
Dormir em Sena Madureira
O deputado federal Major Rocha (PSDB) sentiu a pressão do crescimento da candidatura do Mazinho Serafim (PMDB). Rocha me disse ontem que, vai montar acampamento em Sena Madureira para tentar ajudar sua candidata Toinha Vieira (PSDB). Tarefa nada fácil.
Fora de rio branco
Rio Branco não está entre as prioridades do deputado federal Major Rocha (PSDB). “O candidato a prefeito é do PR”, costuma dizer. Suas prioridades são Assis Brasil, Epitaciolândia, Senador Guiomard, Capixaba, Plácido de Castro, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, onde disputa as prefeituras. Tem potencial para fazer dois prefeitos. Um terceiro seria saldo.
Carga pesada
Um dirigente do PT comentava ontem que, a maior tirada do Marcus Alexandre (PT) na eleição foi deixar de lado as camisas vermelhas, as bandeiras vermelhas com estrelas e a foice e martelo do PCdoB da sua campanha. “Era uma carga pesada, na ressaca pós-Dilma”, pontuou.
“A gente tava na rabada”
Ainda sobre Marcus Alexandre se descolar dos símbolos petistas, este mesmo dirigente, completou: “se o Marcus caísse no radical de estar carregando as fotografias da Dilma e do Lula, com ambos em desgraça política, com certeza não estaríamos bem, mas na rabada”.
Ganha a eleição
Não é preciso entender muito de política para arriscar que, se a eleição para prefeito de Cruzeiro do Sul fosse hoje, seria uma zebra o Ilderlei Cordeiro (PMDB) não ser eleito. Para ganhar basta empatar ou perder de pouco na cidade, que o voto da zona rural cobre.
Não é pouca coisa
O prefeito Vagner Sales tem mais de quarenta batelões subindo e descendo o Rio Juruá trazendo a produção dos ribeirinhos de graça. Os caminhões também trazem a produção dos colonos de graça. Colocou luz elétrica nas comunidades mais distantes. Na eleição vira voto.
Só uma zebra imensa
Já em Mâncio Lima, só uma zebra imensa impedirá a vitória de Isac Lima (PT) a prefeito. Conseguiu juntar no seu palanque, adversários antigos e poderosos, como os ex-prefeitos Deda (PROS) e Luiz Helosman (PP). É, talvez, o maior favorito desta eleição.
Encontrou no mesmo tom da moeda
O prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (PT), fez a sua primeira campanha com uma forte estrutura financeira, contra adversários a pão e água. Elegeu-se. Só que agora topou. A candidata Marilete Vitorino (PSD) veio com uma campanha milionária. Será grana X grana.
Pesa quando é bom prefeito
Disputar uma eleição de prefeito no cargo ajuda e muito o candidato, por causa da estrutura. Mas o candidato tem que estar sem muito desgaste. Para um prefeito bem avaliado como o Marcus Alexandre (PT), disputar no cargo é uma vantagem sem tamanho.
Rei do calafate
O vereador Antonio Lira (PT) deve vir da região do Calafate com uma votação estrondosa. Não tem mais que disputar votos com o Raimundo Vaz (PR), hoje candidato a prefeito. Lira tem uma família grande e unida, e é apoiado pela estrutura poderosa do deputado Jonas Lima (PT).
Campanha pegou vento
Na reta final já dá para se notar a campanha a vereador que morreu na praia e as que pegaram vento. Quem geralmente sai feito um louco no início da eleição, acaba o fôlego e morre. Uma candidatura que pegou vento, muito bem organizada, é a da Elzinha Mendonça (PDT).
Operação Dudu
A ordem na cúpula comunista é eleger o ex-deputado Eduardo Farias (PCdoB) vereador de Rio Branco. Todas as principais forças do PCdoB estão empenhadas nesta missão.
Não pode afrouxar
Foi a Secretaria de Segurança afrouxar as operações para sufocar a bandidagem que, novos casos de violência voltaram a surgir na cidade. Este tipo de combate não pode ser sazonal, quando um fato que mexe com a sociedade acontece, tem que ser perene ou é enxugar gelo.
Virado para a lua
O PT colocou na campanha do candidato a vereador Mamede Dankar (PT) toda a estrutura das secretarias de agricultura municipal e estadual. Com uma mão na roda desta, se não se eleger, monte uma banca para vender tapioca no mercado. São duas estruturas poderosas.
Devassa nos postos
A grande sangria em todas as campanhas políticas é o combustível. Nada contra os donos de Postos de Gasolina vender o produto. É a mercadoria deles. O que a justiça eleitoral precisa se inteirar é de onde está vindo tanto dinheiro para a compra de gasolina e óleo diesel.
Quem bajula vale pouco
Nenhum dirigente de partido nanico que costuma ficar bajulando o prefeito da Capital e o governador conseguiu o dinheiro que esperava para bancar os seus candidatos a vereador. É aquela velha história de que: “o bajulador sempre vale menos, que a sua bajulação”.
Tudo pela política
O deputado federal Flaviano Melo (PMDB), mesmo com a sua deficiência física está presente nas caminhadas da candidata a prefeita de Rio Branco, deputada Eliane Sinhasique (PMDB). O problema do PMDB é que não buscou a renovação dos seus quadros, são as mesmas caras.
Contados no dedo
Em campanhas passadas poucos carros na Capital não estavam com uma propaganda eleitoral. Hoje, raramente se vê carros com adesivos. A não ser dos ocupantes dos cargos de confiança, porque se não colocarem perdem o emprego. Definitivamente, esta é uma campanha lisa.
Candidata da IBB
A Pastora Sandra Asfury (PDT) é entre os candidatos a vereador, que mais vai tirar votos na IBB. Ela e o marido, o deputado Jamil Asfury (PDT), são Pastores da Igreja Batista do Bosque.
Nada decidido, mas começa se delinear
O senador Jorge Kalume, de saudosa memória, dizia que em Rio Branco não se pode fazer previsão política de mais de 24 horas. Os indícios são de uma vitória do Marcus Alexandre (PT) no primeiro turno. Mas, indício não ganha eleição. Aguardemos, pois, estes últimos vinte dias de campanha. Ninguém sabe o que pode acontecer até a eleição. Minha experiência jornalística me leva a não dar nada como decidido em eleição majoritária. Política tem certa lógica. Mas lógicas existem para serem quebradas. Até dentro da oposição lúcida se reconhece que o petista Marcus Alexandre está difícil de ser batido. Nada é impossível. Mas, que é difícil: isso é! As urnas falarão por último.