Novos ataques criminosos às instituições públicas foram registrados no Acre durante a madrugada desta quinta-feira (18). Os crimes ocorrem em Rio Branco e Senador Quiomard. Os ataques são represálias à morte de Marcio do Nascimento, de 18 anos, ocorrida durante troca de tiros com a polícia na terça-feira (16), depois de fazer uma família refém para assaltar a uma residência no bairro Vila Acre, na capital.
A Secretaria de Segurança divulgará logo mais, durante entrevista coletiva, o balanço de todas as ocorrências desde o início dos ataques, mas números preliminares mostram que durante a madrugada de hoje em Senador Guiomard foram incendiados um caminhão tanque, um caminhão reboque, um caminhão pequeno e seis ônibus.
Em Rio Branco foram registrados, somente na madrugada, incêndio a um quiosque, que fica no Parque da Maternidade e incêndio a uma van no bairro Montanhês. Porém, as ocorrências iniciaram por volta das 22 horas com a tentativa de incêndio a ponte de madeira que liga o bairro Taquari ao bairro Triangulo, no Segundo Distrito, além do incêndio a um micro-ônibus da Segurança Pública, na BR 364. Na capital também foram presas pessoas com corotes de gasolina.
Operações
As forças policiais do Estado iniciaram na tarde desta quarta-feira, 17, uma Operação Integrada a fim de combater o crime organizado no Acre. A ação envolve as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Detran, PRF e Polícia Federal. A ação segue em pontos estratégicos da capital.
A cúpula da Segurança Pública do Acre também acionou o seu Gabinete de Crise com o objetivo de promover operações policiais ininterruptas até a sexta-feira (19) para combater o crime na capital e interior do Acre. O Gabinete de Crise, criado no ano passado, normatiza os procedimentos do Estado em momentos emergenciais.
Durante o dia desta quarta-feira presos do Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde, suspeitos dos ataques, foram remanejados de celas e uma varredura foi feita nas alas do presídio para apreensão de aparelhos celulares e outras mídias que pudessem fazer com que os presos tivessem comunicação com pessoas fora do presídio.
A operação ganhou reforço de mais de 300 agentes da Segurança Pública.