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Quarenta novos casos de câncer de mama podem surgir no Acre em 2013

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O Acre poderá registrar ainda este ano, 40 novos casos de câncer mama. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que demonstram ainda que 52 mil novos casos são esperados para o ano de 2013, no Brasil. Os médicos afirmam que, embora seja considerada a segunda causa de morte entre as mulheres, a doença tem 90% de chance de cura, caso seja diagnosticada precocemente.


Infelizmente, o diagnóstico tardio e a metástase (quando a doença se espalhar do órgão inicial para outros) têm levado à morte cerca de 10 mil mulheres por ano no país.


Outubro é o mês em que a luta contra a doença é reforçada. A campanha Outubro Rosa é realizada nesse período para conscientizar não só  as mulheres, mas toda a população, sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, por meio do autoexame das mamas e, principalmente, da mamografia.

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A história de Patrícia Jansem, 33 anos, reforça a orientação dos profissionais. Ela, que luta contra um câncer, conta que o nódulo foi detectado durante exames de rotina em Goiânia, onde ela também soube que estava grávida. Ela decidiu adiar o início do tratamento. 


“Eu dei prioridade à vida de mãe e acabei deixando de lado a saúde. Deixei o tempo passar e o que em Goiânia foi diagnosticado como benigno, acabou se tornando maligno. Eu dizia que não podia abandonar meu filho, nem a faculdade para voltar em Goiânia, mas também não procurei tratamento em Rio Branco. Na verdade, eu tinha mesmo era pavor de ir ao médico, e esse foi o meu maior erro”, comenta.


Somente quando a situação piorou, em agosto de 2010, Patrícia foi ao Centro de Controle de Oncologia do Acre (Cecon), em Rio Branco. “Meu seio estava muito inchado e roxo, saía uma secreção esverdeada com mau cheiro, o bico do seio estava retraído e eu tinha muita febre”, conta.


Patrícia voltou ao Cecon, em março de 2011. No espaço de seis meses, o tumor virou câncer. A confirmação veio por meio de uma biópsia. “Eu pensei: meu Deus, que doença feia. Mas eu vou vencer! Receber a notícia não foi legal, e falar sobre a experiência de ter a doença me deixa emocionada até hoje, mas não sofro”, afirma.


A jovem foi imediatamente encaminhada para o Hospital do Câncer do Acre (Unacon), onde iniciou o tratamento em abril de 2011. O nódulo já estava muito grande, então foi necessário passar, primeiramente, pela quimioterapia para, em seguida, ter a mama retirada, por meio de uma mastectomia. 


Depois de passar pela quimioterapia, iniciaram-se as sessões de radioterapia, em março de 2012. Ao todo, foram 28 sessões. Ao final de 2012, Patrícia já comemorava, com a equipe médica do Unacon, a cura do câncer mamário. Mas um novo exame demonstrou que havia uma nova lesão, não no seio, mas no cérebro – era um indício da metástase.


“O carinho do meu filho, do meu marido, que nunca me abandonou e decidiu casar comigo mesmo com o diagnóstico da doença, e dos meus pais é o que mais me dá força para lutar e viver”, afirma.


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