Apesar de o Acre ser reconhecido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) por adotar uma das melhores estratégias de combate à malária, a doença voltou a assustar a população do Juruá, onde a incidência da doença é maior.
No ano passado foram registrados 8.566 casos de malária em Cruzeiro do Sul. Em 2013, de janeiro a setembro, são mais de 12 mil casos confirmados da doença, o que representa um aumento de 41%.
As dificuldades de acesso às comunidades, a resistência da população em deixar suas casas serem borrifadas e o não cumprimento da recomendação médica são os principais fatores responsáveis pelo crescimento.
Segundo a coordenadora de Endemias, Simone Daniel da Silva, as notificações mensais se estabilizaram em torno de 1.300 casos. Os bairros com maior incidência são Aeroporto Velho, Cruzeirinho, Conjunto São Salvador e Arthur Maia.
“Outro fator que contribui para a transmissão é a pessoa que vem da zona rural para a cidade. Naquela casa onde ela se hospeda o mosquito vai infectar outras pessoas”, disse.
O ponto crítico da epidemia aconteceu em 2006, quando, em apenas um mês, foram registrados cerca de 6.000 mil casos. A política nacional de controle e as ações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), que envolvem a distribuição de mosquiteiros, entre outras, foram determinantes para garantir o controle da doença, que agora, volta a preocupar.