Está em curso um trabalho de engenharia política, que se der certo poderá ser o fato mais inesperado da campanha para a prefeitura da Capital. O grupo do deputado federal Alan Rick (PRB) articula e sonha com a montagem de uma frente formada pelo PRB-DEM-PDT-PSD-PSDB para apoiar a candidatura do ex-prefeito Tião Bocalon (foto). O PDT viria numa compensação pela posse temporária do suplente Luiz Tchê (PDT) no mandato de Alan Rick (PRB). O PSD viria porque não vai emplacar Marfisa Galvão (PSD) como vice de Eliane Sinhasique (PMDB). Já o PSDB poderia entrar na coligação para o deputado federal Major Rocha, que tem projeto para 2018, não ficar isolado numa coligação com o PR. Ao amigo que me fez a explanação disse que em política até boi voa, mas achava a idéia mirabolante e improvável. Garantem que até a quinta-feira da próxima semana o pacote estará fechado. Não creio. É uma engenharia para profissionais.
Colocado de escanteio
O grupo da deputada Juliana (PRB) foi mesmo colocado de escanteio pelo grupo do deputado federal Alan Rick (PRB), que assumiu o comando do partido, no Acre. A parlamentar não foi chamada nem para ser comunicada da mudança, simplesmente, continua até aqui ignorada.
O seu pecado
Perguntei ontem a um aliado do deputado federal Alan Rick (PRB) o motivo do isolamento do grupo da deputada Juliana (PRB). A resposta: “ela é aliada do Marcus Alexandre e do governador, e nós vamos trilhar outros caminhos, é melhor manter o distanciamento”.
Água mole em pedra dura…..
O deputado Ghelen Diniz (PP) ganhou ontem o apoio do deputado Nelson Sales (PV) para disputar a prefeitura de Sena, que indicará como vice o vereador Mastrô (PV). O grupo dá como certas as adesões de Mazinho Serafim (PMDB) e do deputado federal Alan Rick (PRB).
Principal prejudicada
A candidata a prefeita Toinha Vieira (PSDB) será a principal prejudicada, porque aspirava ser apoiada pela aliança. A sua chapa de vereadores é pequena, com pouca representatividade, e o grupo que apoiará o deputado Ghelen Diniz (PP) entrará nos votos da oposição.
Oposição sou eu
Quem se comunicou ontem comigo foi o candidato a prefeito de Feijó, Pelé Campos, apoiado pela coligação PMDB-PSD-PSDC-PRP, para dizer ser zero sua chance de abdicar da disputa. Diz que os números mostram o candidato Kiefe (PP), que era o favorito, desabando e ele subindo.
Eleição indefinida
Pelé Campos (PMDB) considera a eleição para prefeito de Feijó indefinida, em que tanto Kiefe (PP), como ele e até o desgastado prefeito Merla Albuquerque (PT) podem ganhar a disputa.
Oposição mostra a cara
A não ser que aconteça algum fato novo o candidato a prefeito de Brasiléia pelo PMDB será o advogado Valadares Neto e tudo caminhando para ser o seu vice o ex-vereador Zemar (PRB), que foi rifado pelo PT. Brasiléia poderá ter a campanha mais conturbada de todo o Acre.
Para ser ter uma idéia
Só para o leitor ter uma idéia, Valadares Neto (PMDB) e Fernanda Hassem (PT) travam uma briga na justiça por questões amorosas passadas e há uma proibição judicial de que Valadares mantenha distância dela. A tendência é a campanha ser acirrada entre os cabos-eleitorais.
Não é mais o mesmo
O Nepomuceno Carioca não é mais o mesmo. Perdeu a parada para o deputado Jonas Lima (PT), na questão de Porto Acre. O candidato do grupo do Carioca e do governador a prefeito pela FPA era o Bené Damasceno (PROS). Jonas articulou e vingou a candidatura do ex-prefeito Zé Maria (PT). Guardadas as proporções é como o Andirá ganhar do Grêmio, em Porto Alegre.
Restará alternativa?
Produtores de milho que tiveram suas produções surrupiadas de Silos do governo fizeram um acordo de serem ressarcidos em parcelas, mas o governo tem atrasado. Prometem fechar a ACREAVES. Pode parecer radicalismo, mas não há alternativa a não ser a pressão. Como condená-los?
Vitória de pirro
Tudo indica que a vitória do grupo do deputado Jonas Lima (PT) em Porto Acre poderá ser uma vitória de Pirro, porque as candidaturas de Bené Damasceno (PROS) e do Zé Maria (PT) dividem os votos da FPA e torna mais forte a candidatura de Daniel Nogueira (PP). A oposição deve estar rindo.
Encontrou o caminho da síntese
Um jornalista que acompanha as solenidades do governo contava ontem que a vice-governadora, que tinha um discurso longo e sonolento, tem agora uma fala concisa e agradável. Na verdade, não recebi mais reclamações sobre os discursos da Nazaré Araújo.
Mercadoria não entregue
O prefeito de Plácido de Castro, Roney Firmino (PR), esperava que no pacote da aliança PR-PSDB estivesse a renúncia do candidato a prefeito pelo PSDB, Gedeon Barros, mas quebrou a cara. O deputado federal Major Rocha (PSDB) mandou um vídeo fortalecendo Gedeon.
Não está morto
Falando em Plácido de Castro, um observador da política do município comentava ontem que, com a saída do páreo do ex-prefeito Paulinho (PT), o prefeito Roney Firmino (PR) volta para a disputa por ter obras e uma boa chapa de vereadores. A disputa é com Gedeon Barros (PSDB).
Conseguiu se equilibrar
Um candidato que quando foi lançado não se dava nada pela sua candidatura a prefeito é o Jorge Catalan (PP). Conseguiu se firmar e está na disputa com muita chance de ganhar. O prefeito James Gomes, sabe montar campanhas de sucesso em Senador Guiomard.
Tem que ter formação
Político tem de ter formação. Não se pode pôr um novo Cabide na Câmara Municipal de Rio Branco. Entre as candidatas a vereadora da nova safra, qualificada, está a ex-presidente da APHAC, especialista em gestão e acadêmica de Direito, Elzinha Mendonça (PDT). Um nome íntegro.
Velhos inimigos, bons amigos
O prefeito Burica (PT) e o ex-prefeito Deda (PROS) sempre foram adversários inconciliáveis em todas as campanhas políticas. Nesta eleição estarão no mesmo palanque e com o mesmo candidato a prefeito de Rodrigues Alves. Velhos inimigos ontem, bons amigos hoje.
Uma aspiração de décadas
As famílias do Jardim São Francisco estavam ontem exultantes com uma obra de drenagem que a prefeitura começou a executar em um canal fétido que corta o conjunto habitacional, cujo mau cheiro atormenta os moradores há décadas. Pelo que se vê, a crise não imobilizou o Marcus Alexandre. O bom gestor não se conhece na bonança, mas na crise.
Teto da classe média
Perguntei ontem a um político por qual motivo essa busca para formar um novo grupo para disputar a prefeitura de Rio Branco. A explicação: “a Eliane Sinhasique transita bem no andar de baixo dos votos, mas bate no teto e não passa daí, não consegue transitar na classe média”.
Ainda tem isso
Um amigo jornalista que escutava a conversa fez uma indagação interessante: “com os empresários falidos, milhares de desempregados, o governo vendendo o almoço para comprar a janta, ainda existe classe média em Rio Branco?”. E nada mais disse ou se foi perguntado.
Atentem para isso
Não vou entrar em discussão agora. Mas os deputados Major Rocha (PSDB) e Luiz Gonzaga (PSDB) atentem para a observação para se conversar depois da eleição: ou o PSDB muda algumas condutas políticas ou vai sair desta eleição bem menor do que está entrando.
Campanhas caseiras
O jornalista Raimundo Fernandes (PMDB) faz uma campanha redonda para vereador de Rio Branco. O jornalista Evandro Cordeiro (PSC) também surpreende. São campanhas caseiras. Única diferença que vejo é que na chapa do PMDB tem menos candidatos fortes.
Pesos pesados
Na coligação em que está o jornalista Evandro Cordeiro (PSC) tem o João Paulo (filho do Márcio Bittar), vereador Clésio (PSDB), Célio (PSDB) e Gabriela Câmara (PTC). Mas o Evandro é otimista: “vou ser mais votado do que todos eles, vou surpreender, primo”. Tem de ter garra.
No mesmo patamar
O secretário-geral do DEM, Frank Lima, considera que Tião Bocalon (DEM) deu uma caída nas pesquisas porque estava ausente com problemas de saúde na família. Prevê que com Bocalon na campanha, como entrou agora, logo estará no mesmo índice da Eliane Sinhasique (PMDB).
Não é dos piores
O governo investiu 220 milhões de reais na Saúde. Leio. Vamos para a sinceridade sem querer ser agradável: aconteceram avanços consideráveis e o sistema de Saúde do Acre, não está entre os piores do Brasil. Na medicina de ponta, como os transplantes, está na frente da grande maioria dos Estados brasileiros. Há entraves ainda no fluxo de consultas e nos exames laboratoriais. O secretário Gemil Junior não é decepcionante. O governo peca na divulgação. Mas, isso é lá com o batalhão de comunicadores que são pagos regiamente para divulgar.