Na manhã desta segunda-feira (14), concentrados na praça Povos da Floresta, bancários, em assembleia, aprovaram o fim da greve nas unidades dos bancos públicos privados. No entanto, paralisação prossegue nas unidades do Banco da Amazônia.
Em negociação específica ocorrida na sexta-feira (11) com a Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários do Pará e Fetec Centro-Norte, em Belém, o Banco da Amazônia apresentou proposta insuficiente para a pauta específica de reivindicações dos funcionários, assim com a greve entrando no 25º dia de paralisação.
Com a continuidade da greve, nove unidade do Banco da Amazônia continuam com suas portas fechadas ao público.
A greve nacional dos bancários fechou mais de doze mil unidade em todo país, sendo que 38 delas no território acreano. A paralisação foi a maior das última duas décadas.
– Foi uma greve dura e cansativa, mas conseguimos avançar nas cláusulas econômicas e sociais. Infelizmente, ainda não chegamos a um acordo a respeito das negociações do Banco da Amazônia, explica Edmar Batistela, presidente do Sindicato dos Bancários do Acre.
Proposta
Nas negociações finalizada na sexta-feira, a proposta dos bancos elevou para 8,0% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste sobre os salários e demais verbas, para 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Também aumenta de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR e avança em outras reivindicações econômicas e sociais.
Depois de uma dura negociação de 18 horas, os bancos recuaram da proposição inicial de compensar todos os dias de greve em 180 dias, aceitando compensar no máximo uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro – a partir da assinatura do acordo.
O novo acordo coletivo de trabalho para 2013/2014 irá incluir ainda quatro novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano, constituição de grupo de trabalho com especialistas para apurar as causas dos adoecimentos dos bancários e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês.