Agentes da Polícia Civil cumprem três mandados judiciais de busca e apreensão desde as primeiras horas desta sexta-feira, 08, em Rio Branco, durante a 4ª fase da Operação Lares, que investiga a comercialização ilegal de casas populares.
O cumprimento das medidas se deu nas residências de dois ex-gestores e também de um servidor da Secretaria de Habitação e Interesse Social (Sehab). Todos foram conduzidos coercitivamente à delegacia para prestarem esclarecimentos, nesta sexta-feira, 08, durante a 4ª fase da Operação Lares. Além das buscas e das conduções coercitivas, todos três receberam ordens judiciais que os proíbem de se aproximar de qualquer uma das testemunhas. Um dos alvos, por se tratar de um servidor ainda lotado na Sehab, também foi afastado das funções administrativas.
O esquema, que funcionava dentro da Secretaria de Habitação e Interesse Social (Sehab),pode ter movimentado quase R$ 1 milhão.
Fases anteriores
Na primeira fase da Operação Lares, Ministério Público Estadual (MPE) e Polícia Civil (PC) fizeram apreensões de documentos e cumpriram mandados de condução coercitiva direcionados a servidores da Secretaria de Habitação, uma servidora da Junta Comercial do Acre, ainda, supostos beneficiados pelo esquema.
Já na segunda fase, as investigações apontaram para a prisão de supostos condutores do esquema. Entre o grupo de quatro presos (Marcos Huck, Rossandra Melo, Cecera Dantas e Daniel Gomes), diversas pessoas foram ouvidas pelo delegado. Pensava-se que cerca de 60 podiam ser indiciadas a partir daquele momento.
Numa terceira fase, a Polícia Civil, sob o comando do delegado Roberth Alencar, que administra as investigações, cumpriram mandados de despejo em residências construídas com recursos públicos e que teriam sido entregues à famílias de forma irregular. Muitas casas foram depredadas após os despejos. Famílias chegaram a, inclusive, serem denunciadas por dano ao patrimônio.