No dia em que o governador Sebastião Viana anunciou a redução de salários dos cargos comissionados, da Governadoria e dos secretários, um fato que por si só já chama e muito a atenção da população, um dado ainda mais polêmico veio à tona: mais de 2,3 mil comissionados atuam no governo.
Ainda segundo o governo, um total de 228 agentes políticos, que recebem salários que ultrapassam em alguns casos os R$ 20 mil, também estão atuando como diretores, assessores, ou mesmo coordenadores departamentais. Isso, claro, sem esquecer os secretários de governo.
Diante do número de contratações, e do quantitativo de servidores de carreira [os efetivos] não restou nenhuma alternativa ao chefe do Executivo senão cortar os salários dos apadrinhados do governo e tentar, de alguma forma, manter a regularidade nos pagamentos dos salários de trabalhadores acreanos que recebem, por vezes, um terço da remuneração de comissionados.
Mesmo que tenha anunciado o corte nas remunerações dos comissionados e agentes políticos, o governador não anunciou ainda quanto será economizado pelos cofres públicos. As informações devem ser repassadas após o fechamento da próxima folha de pagamento.
O Governo do Acre destacou, inclusive, que diante da crise financeira já reduziu 30% dos aluguéis de veículos e cortou, desde o ano passado, 30% dos terceirizados que prestavam serviços ao estado. Outra medida foi cancelar contratos de aluguéis de imóveis, o que deu ao governo uma economia que ultrapassa os R$ 3 milhões/ano.