Após as falências de tantos bancos por que o nosso sistema bancário tornou-se vítima do Banco Master?
Pergunto: lembram-se dos outrora famosíssimos bancos: o Nacional, o Econômico, o Bamerindus e tantos outros? Daí a pergunta, por que faliram? Simples assim: porque contrariaram os mais elementares princípios sobre a segurança dos tantos quantos os buscaram e/ou foram induzidos pelas promessas de rendimentos acima daqueles determinados pela própria atividade bancária.
E por que a falência do Banco Master seria esperada? Em primeiro lugar porque, o mesmo passou a ser dirigido por um sujeito que, para além de deslumbrado veio se revelar profundamente irresponsável, até porque, para captar e multiplicar a sua clientela ele ofertava os mais extravagantes rendimentos, e por certo, haveria de chegar à hora do verdadeiro encontro de contas.
Segundo, e em favor do dito cujo, por mais prodoxal que pareça, o sistema bancário instituiu o chamado FGC-Fundo Garantidor Crédito a todos os clientes dos bancos associados ao referido sistema, e até o limite de R$-250.000,00 seus rendimentos estariam assegurados, a despeito das irresponsabilidades praticadas pelos gestores de alguns dos seus próprios bancos.
Esta franquia propiciou que o Banco Master crescesse e aparecesse, a ponto de ter reunido em favor de si, as mais expressivas figuras do nosso mundo político/econômico. Nas festanças que o próprio Daniel Vaccaro costumava promover, quem não fosse convidado, de antemão, se sentiria desprestigiado.
Nada contra, e sim, tudo a favor do FGC, conquanto o mesmo só viesse a ser ofertado aos bancos que vinham cumprindo com seus deveres e obrigações, jamais em favor de algum pilantra, tipo Daniel Mascaro, este sim, um sujeito capaz de tudo.
Até o ano de 2011, o presidente do nosso Banco Central era indicado pelo então presidente da República. Acontece que, e graças a lei complementar 179/2021, a sua presidência passou a depender da aprovação do nosso Senado, logicamente, da maioria dos seus membros, e mais ainda, o impeachment de algum deles, igualmente.
Se até hoje nenhum dos indicados pelo presidente da nossa República para presidir o nosso Banco Central fora desaprovado, a não ser, quando formos presididos pelo General Floriano Peixoto, isto no início do século XX, pergunto: o nosso senado comportou-se leniente?








