Betão foi um incorrigível investidor no Acre. Atuava em toda a cadeia produtiva da carne: da produção pecuária à venda em açougues, passando por frigoríficos e abatedouros. Investiu também na piscicultura. Até na produção de equinos, burros e muares de alta linhagem, Betão se aventurou com sucesso.
É preciso reconhecer a ousadia. Falar em investir neste ou naquele segmento hoje, no setor agropecuário, tem riscos. Sempre tem. Mas na época em que Betão tomou as decisões mais estratégicas, esses riscos eram muito maiores. E ele arriscou. É preciso reconhecer isso. Ou seremos injustos.
Há quem diga que a cena de “talvez” de Jorge Viana seja estratégia com dois motivos: o primeiro motivo é diminuir a pre$$ão interna na formação das chapas para federal. O segundo é blefar para vê se é criado o movimento “Volta, Jorge!”.
O segundo motivo é quase um delírio. Tirem o espelho da frente desse homem!
O Rio Acre ultrapassou bem -e rápido -a cota de transbordo, colocou o estado em alerta máximo e o governo para falar em despolitização da intempérie. A elevação rápida das águas confirma a intensidade do inverno amazônico em 2025 -e um certo clima eleitoral também…
Municípios como Brasiléia, Xapuri, Capixaba e Porto Acre registram elevação dos rios. A cheia avança de forma desigual, exigindo vigilância constante fora da capital.
O governo passou a divulgar boletim diário da enchente. A medida amplia a transparência e ajuda a população a se preparar para mudanças rápidas no cenário.
O Gabinete de Crise foi acionado para alinhar decisões emergenciais e a atuação integrada busca evitar respostas fragmentadas diante da cheia. Mas é possível sentir que o governo fala uma coisa e a gestão de Bocalom outra.
Dezenas de famílias já foram deslocadas para abrigos públicos em Rio Branco e o número vai certamente crescer com o nível do rio continuando a subir.
Cuidado, leitor. Nessa busca em ser justo, ninguém pode cair na armadilha de culpar a chuva.
Corpo de Bombeiros e Polícia Militar atuam na linha de frente. Resgates e apoio logístico são prioridades no período de cheia.
A Energisa reforçou orientações para evitar acidentes elétricos em áreas alagadas. Não é o que o pessoal quer, mas o desligamento preventivo das redes reduz riscos à população.
Secretarias estaduais atuam de forma conjunta no plano de contingência. A integração é decisiva para uma resposta rápida à enchente.
A reflexão de Jorge Viana é a nossa reflexão. Qual congresso o Acre quer? Qual posição o Estado quer marcar no Congresso? Algumas candidaturas que deveriam se importar com as causas do Acre pouco falam do Estado, mas juntam-se às correntes mais fracas em ações concretas no Senado ou na Câmara Federal. Desse jeito, o Acre não sai do lugar.
Em Cruzeiro do Sul, a virada do ano contará com show do cantor Eduardo Costa, atração nacional que integra a programação do Réveillon no município. Já em Rio Branco, a festa será marcada pela valorização dos artistas da terra, resultado do trabalho desenvolvido pela Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, que tem priorizado políticas de incentivo à cultura, à economia criativa e ao fortalecimento dos talentos locais.
A rápida elevação do nível do Rio Acre voltou a provocar o desalojamento de famílias em Rio Branco. Moradores do bairro da Paz reclamam da atuação da assistência social do município e afirmam que, até o momento, não houve presença de equipes no local para acolhimento ou oferta de ajuda humanitária. A indignação é grande e há cobranças diretas por mais agilidade da gestão municipal.
Segue tenso o embate entre a Prefeitura de Rio Branco e o Ministério Público em relação às famílias da região conhecida como Papoco. Enquanto o Executivo municipal solicita apoio e medidas emergenciais, o MP afirma que não constam, em relatório técnico, famílias do Preventório no entorno da área classificada como de risco. O impasse tende a se agravar e, como de costume, quem mais sofre são as famílias que necessitam de moradia e assistência.
A cheia do Rio Acre é um fenômeno recorrente, mas a cada ano o cenário se repete. Oposição e críticos da atual gestão apontam demora da prefeitura na ativação do plano de contingência e na instalação de abrigos para os desabrigados. A pergunta que fica nos bastidores da política local é: quem falhou desta vez?
O ex-deputado comunista do Acre, Moisés Diniz, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (FAPAC), que se escala para ser articulador político da pré-candidata ao governo, Mailza Assis, foi visto na sede do executivo municipal de Rio Branco, na manhã dessa segunda-feira (29), supostamente para resolver questões pessoais, como qualquer cidadão, entre as mesas dos setores burocráticos. Supostamente, eu digo, porque o mesmo chegou a ir até o segundo piso, onde funciona o gabinete de Bocalom – mas não foi até o espaço íntimo do prefeito, vale ser justo. Colocou a cabeça no corredor, viu a imprensa, cumprimentou recatadamente alguém e voltou para onde veio. É sempre bom circular em todos os meios, e este sim, sabe bem como fazê-lo.
A mera possibilidade de JV não disputar o Senado já deixou a direita com a orelha em pé e não é por acaso. O motivo seria a saída de ministros do primeiro escalão do governo Lula para disputar vagas no Senado. Nesse cenário, Jorge, hoje no segundo escalão, poderia ser “puxado” para o primeiro. Detalhe nada irrelevante: no início da transição do governo Lula, Jorge chegou a ser cogitado para o Ministério da Fazenda, recebendo, inclusive, elogios públicos de Kassab.