As buscas por uma criança de cerca de 3 anos desaparecida no Rio Tarauacá, na comunidade São Luiz, enfrentam sérias dificuldades desde a manhã dessa segunda-feira (29) até esta terça-feira (30). O acidente ocorreu por volta das 7h30 da segunda, quando a criança caiu de uma embarcação após uma colisão lateral, e desde então o trabalho das equipes de resgate tem sido marcado por obstáculos naturais e logísticos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Tarauacá, a região onde aconteceu o acidente apresenta grande quantidade de balseiros, o que dificulta a navegação e impede o deslocamento rápido das embarcações de resgate. Por conta disso, as equipes precisam avançar com cautela, reduzindo a velocidade dos motores para evitar novos acidentes durante o trajeto.
O comandante do Corpo de Bombeiros no município, tenente Marcelo Monteiro, explicou que o acesso até o local já representa um desafio significativo. “Não dá para andar com o motor em velocidade máxima. É melhor chegar com segurança do que correr o risco de não chegar. O rio tem muitos obstáculos, o que atrasa a chegada das equipes e o início das buscas mais aprofundadas”, afirmou.
Além da dificuldade de navegação, os bombeiros relatam que a presença de balseiros espalhados ao longo do rio exige buscas minuciosas, com verificação manual entre galhadas e troncos acumulados. Mergulhadores e militares realizam varreduras superficiais e subaquáticas, ampliando a área de busca conforme o passar das horas.
Durante o deslocamento das equipes, uma hélice da embarcação utilizada no resgate chegou a quebrar, atrasando ainda mais a operação. O equipamento precisou ser substituído para que os bombeiros pudessem continuar viagem até a comunidade São Luiz.
Segundo o tenente Marcelo Monteiro, apesar de a correnteza ser considerada fraca e o local do acidente não apresentar profundidade extrema, o tempo decorrido desde a queda da criança aumenta a complexidade das buscas. “Cada minuto conta. A família está muito angustiada, e a gente trabalha contra o tempo, enfrentando essas dificuldades naturais do rio”, destacou. Moradores da comunidade também auxiliam nas buscas, ajudando a mexer nos balseiros e observando as margens do rio, enquanto as equipes oficiais seguem com os trabalhos técnicos.