Não tem jeito. É a imagem da infância que simboliza algum tipo de renovação. É um erro de senso comum não olhar o que é velho, o que encerra o ciclo também como uma possibilidade de mudança. O desejo de mudança floresce em um cenário onde algo não vai bem. Nessa premissa simples e frágil, reside a força da imagem do “Menino Jesus”.
Aqui no Ocidente, celebra-se o Cristo como uma personagem que traz a Boa Nova de um “Novo Tempo”. Com essa referência, aquela criança traz tatuada no tempo ainda não vivido a sina de que algo realmente novo será construído. É a esperança que alimenta-se ao observar a cena da manjedoura.
Em uma breve mensagem natalina, o ac24horas chama à reflexão especificamente para a relação entre a imagem do Menino atrelada à daquele que foi levantado do chão. O Primeiro só tem sentido pela história de sofrimento e entrega vivida pelo Segundo. Acreditamos na força daquela Criança porque já previamente acreditamos, mesmo sem entender muito bem o porquê, na Nova e Eterna Aliança sacramentada no Calvário: o Menino alimenta o Rabbi agonizante e vice-versa. É um trânsito eterno construído há 2025 anos.
Portanto, a ordem é, na essência, um chamamento à ação. Não há possibilidade de alimentar qualquer tipo de Esperança se não for pela ação concreta, entendendo a própria Fé como a mais concreta das ações. Só a ação oferece sentido àquele que foi gerado em Santo Espírito.
O Natal é, por essa lógica, uma inquietude preocupada com aquilo que está sendo feito agora. É a ação presente que faz nascer, faz gerar, faz florescer a possibilidade de algo novo. O que tem sido feito por você, leitor, que tem lhe autorizado a alimentar alguma Esperança de que um Novo Tempo virá?
É uma pergunta muito invasiva, não é, leitor? Tão invasiva que só pode ser ouvida por uma única pessoa. Os votos de “Feliz Natal” do site ac24horas têm a força desse silêncio.
