Foto: Frame/ Rádio Folha
O trabalho de inteligência, o cruzamento de dados e a integração entre forças de segurança de diferentes estados foram determinantes para localizar e prender o ex-empresário Gessé Diomar Mendes Barros, de 67 anos, foragido da Justiça há quase duas décadas. Ele foi preso no Acre, no último sábado, 20.
A explicação foi dada pelo delegado regional da Polícia Federal, Caio Luchini, em entrevista à Rádio Folha, no programa Bom Dia 100.3.
Condenado por ser o mandante do assassinato do empresário Rogério de Oliveira Rosa, conhecido como Rogério do BC, morto em 2007, Gessé era considerado um dos criminosos mais procurados de Roraima e constava na difusão vermelha da Interpol.
Segundo o delegado, a Polícia Federal mantém um grupo específico voltado à localização de pessoas com mandados de prisão em aberto. Dentro desse trabalho permanente, o nome de Gessé voltou a ganhar destaque após ser incluído pelo Ministério da Justiça entre os alvos prioritários no estado de Roraima.
“Recentemente, o nome do Mendes foi divulgado pelo Ministério da Justiça como um dos mais procurados do estado. Recebíamos informações de que ele estaria em Goiás ou no Amazonas, mas conseguimos filtrar dois endereços prováveis no Acre“, explicou.
De acordo com Caio Luchini, inicialmente havia informações de que o foragido poderia estar em estados como Goiás ou Amazonas. No entanto, a partir do aprofundamento das análises e do cruzamento de dados, a investigação conseguiu filtrar dois endereços considerados prováveis no Acre.
Com os locais mapeados, a inteligência da Polícia Federal repassou as informações à Polícia Militar do Acre, responsável pela abordagem. No momento da ação, o suspeito tentou se identificar com um nome falso, mas inconsistências nas informações apresentadas levaram os agentes a realizar consultas mais detalhadas nos sistemas de segurança pública.
Após a verificação, a verdadeira identidade de Gessé Diomar Mendes Barros foi confirmada, bem como a existência do mandado de prisão expedido pela Justiça de Roraima. Ele permanece sob custódia e aguarda os trâmites legais para transferência ao estado de origem.
Ainda segundo o delegado, a integração entre os órgãos de segurança tem apresentado resultados expressivos. Somente em 2025, o intercâmbio de informações possibilitou a captura de 389 foragidos da Justiça no estado, muitos deles envolvidos em crimes considerados graves.