O Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira (19) o Orçamento de 2026, que prevê um superávit de R$ 34,5 bilhões e destina R$ 61 bilhões para emendas parlamentares. Para viabilizar esse montante, diversos programas do governo sofreram cortes significativos em suas verbas.
De acordo com informações apuradas pela analista Larissa Rodrigues, no CNN Prime Time, programas essenciais como o Farmácia Popular terão redução de R$ 500 milhões. O programa, que existe há vários governos e permite o acesso da população mais carente a medicamentos, sofre o corte justamente em um período marcado pelo aumento da inflação no preço dos remédios.
Educação entre os setores mais afetados
O setor educacional também foi duramente impactado. O programa Pé-de-Meia, voltado para estudantes que concluem o ensino médio, terá corte de meio milhão de reais. Além disso, as bolsas do CAPS, que contribuem para a formação de professores, sofrerão redução de R$ 300 milhões.
Outro programa recentemente lançado pelo governo federal, o Auxílio Gás, terá redução de R$ 400 milhões. Já o seguro-desemprego e o abono salarial, benefícios obrigatórios que dependem da demanda populacional, também sofreram cortes que somam cerca de R$ 100 milhões.
Aumento de verbas para emendas e fundo eleitoral
Os cortes nos programas sociais e educacionais contrastam com o aumento das verbas destinadas às emendas parlamentares e ao fundo eleitoral. Conforme destacado pela analista Larissa Rodrigues, os recursos foram redirecionados para essas áreas em um ano que antecede as eleições.
“Foi tirando de pouquinho em pouquinho, que parece pouco de fato, mas quando se junta ali um montante, consegue, por exemplo, aumentar as emendas parlamentares”, explicou Larissa Rodrigues, ressaltando que o fundo eleitoral vai alimentar muitos partidos e candidatos nas eleições do próximo ano.


















