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Apesar dos pesares, Gladson segue para 2026 com horizonte mais aberto que antes

Foto: Whisley Ramalho
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O programa Boa Conversa desta sexta-feira, 19, exibido pelos estúdios do ac24horas, debateu os principais fatos políticos do Acre e do cenário nacional, em meio a semana do julgamento do governador Gladson Cameli no STJ, articulações eleitorais, pesquisas de opinião e embates no Congresso Nacional. Entre o processo da Operação PTolomeu que pode ser anulada, disputas internas de grupos políticos e números que redesenham o tabuleiro eleitoral, os comentaristas Astério Moreira, Luis Carlos Moreira Jorge, o Crica e o apresentador Marcos Venicios, analisaram os desdobramentos e os próximos passos da política acreana.


O voto pela condenação do governador Gladson Cameli pela relatora no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) reacendeu o debate jurídico e político em torno da Operação Ptolomeu. Apesar do voto individual, há expectativa de que a 2ª turma do STF possa anular provas da operação, o que mudaria completamente o processo e o cenário político no estado. “Eu vou para o aspecto político, quem tá tentando surfar no voto da ministra do STJ é o PT, só que aquilo que foi colocado que é o princípio da presunção da inocência, então os adversários vão gostar e o embate político, só que não termina tão cedo. Isso vai se arrastar muito. Eu me lembrei da Operação G7, o PT faz o que quer, eu não sei”, pontuou Astério Moreira.


“Existe um HC [Habeas Corpus] nas mãos do Fachin onde ele se posicionou a favor do STJ, já o André Mendonça, colocou voto divergente que foi acompanhado pelo Nunes Marques e o Dias Toffoli, o que acontece? Tá 3 a 1, a tese que tá é que a prova do COAF, que envolve, o fato da ex-mulher do Gladson e do filho, foi conquistada sem passar pela justiça, só que a tese vigorante no STJ é de que as provas que está sendo anulada pela segunda turma do STF ela não foi usada nem na denúncia do PGR contra o Gladson. O que eles alegam? Se ela não foi usada, ela não é uma prova contaminante, aquela tese da árvore contaminada, então, há esses dois lados conflitantes, então imagino que isso vá ao plenário do STF. O processo está correndo e os votos podem absorver”, avaliou Crica.

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Foto: Whisley Ramalho

“Gladson Cameli continua sendo governador do Acre mesmo com o voto da relatora Nancy e ele é governador até o mérito total. A ministra votou pela condenação, PGR também, ela determinou 25 anos e a perda imediata do cargo. Só que ainda falta aos demais ministros, lembrando que quando passou para o próximo houve o pedido de vista”, afirmou Marcos Venicios.


Mesmo em meio ao processo judicial, Gladson Cameli aparece no topo do ranking nacional de carisma, segundo a pesquisa AtlasIntel. O dado contrasta com o momento político delicado enfrentado pelo governador do Acre.


Um acordo entre deputados estaduais e o governo assegurou a aprovação do Orçamento de 2026, abrindo margem para a discussão e possível implementação dos Planos de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCRs), uma pauta sensível para o funcionalismo público. “O relator, Tadeu Hassem, tomou doril e sumiu. Teve um pleito do judiciário, que teria pedido mais 0,25% do duodécimo do orçamento global, e o Tadeu teria se comprometido com esse pleito e foi levar esse prato ao Governo, só que travou a conversa com a negativa do Governo. Na minha opinião, esses pleitos dos sindicatos vão ficar para 2027 para o próximo governador”, pontuou Marcos Venicios.


“Essa brecha que foi deixada para o próximo ano no orçamento, não quer dizer que o PCCR vai andar, é que nem jogar na Mega-Sena: pode ganhar ou não. Essa vitória foi uma vitória de pirro”, pontuou Crica.


A criação da Loteria do Acre foi apresentada como alternativa para reforçar o financiamento de áreas estratégicas como saúde, esporte e previdência. A proposta prevê deixar as apostas esportivas privadas, as chamadas bets, fora do modelo estadual. “A regulação da lei prevê que não vai haver abertura para bets. No Acre, vão tentar suprimir essa abertura na lei”, pontuou Marcos Venicios.


Os comentaristas abordaram o levantamento da Real Time Big Data que mostra Alan Rick liderando a corrida ao governo com 40%, seguido por Tião Bocalom (24%), Mailza Assis (15%) e Thor (5%). Para o Senado, Gladson Cameli aparece na frente, enquanto Marcio Bittar e Jorge Viana figuram tecnicamente empatados. “O Instituto publicou que mais de 70% dos entrevistados ainda não tem candidato ao Governo do Acre, isso traduz a realidade e as pessoas ainda estão indecisas”, destacou Astério.


Foto: Whisley Ramalho

“Qualquer pesquisa que vier agora, ninguém fique feliz ou triste. É que nem o Bocalom disse: tem gente que ainda nem sabe que ano que vem tem eleição. Essas disputas ainda estão muito cedo e o que define é a estrutura”, salientou Crica.


O prefeito Tião Bocalom se reuniu com Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes e Geraldo Alckmin durante o lançamento do SBT News. Em entrevista ao jornalista Roberto Vaz, Bocalom defendeu que o “ideal” é que o grupo político não se desfaça, mas demonstrou hesitação sobre a obrigação de apoiar Mailza Assis em 2026. Bocalom é pré-candidato ao Governo do Acre.
“Ele disse ai que se ela ajudou, ele ajudou ela, ele não deixou nenhuma dúvida, é candidato ao governador. Eu conversei com ele e ele é candidatíssimo. O coordenador da campanha dele deverá ser o Rennan Biths. O Gladson encheu o Calixto de elogios porque disse quando ele está errado, Cameli ressaltou isso e isso é importante”, pontuou Crica.


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