Exceto a candidatura Tarcísio de Freitas, nenhuma outra terá condições para derrotar a de Lula.
A despeito da grande maioria dos nossos eleitores não serem petistas, o mesmo não acontece com o lulismo. Para tanto, basta avaliarmos os resultados das mais recentes pesquisas e de todos os seus institutos, ainda que, pela primeira vez em nossa história, as denominações, direita e esquerda estejam influenciando alguns dos nossos seguimentos sociais, em particular, o nosso eleitorado.
Foram-se os tempos em que, como bandeira eleitoral, os nossos partidos e seus candidatos fugiam da condição de direitista como o diabo foge da cruz. Hoje não mais, posto que, até os outrora esquerdistas, os próprios petistas, preferem dizer que integram a tal centro-esquerda.
Como não vejo com bons olhos estas duas denominações e gostaria que o nosso país fosse orientado politicamente pelos nossos partidos, mas como não vem ser o nosso caso, já que os mesmos nascem e morrem com bastante frequência, perdemos aquela que seria a nossa referência.
Nas melhores democracias do mundo os seus partidos políticos não se prestam para acomodar arranjos de últimas horas, menos ainda, como legenda de aluguel, porém, entre nós, sequer sabemos em quais maternidades os nossos partidos são paridos e em quais cemitérios já foram sepultados, e nos seus túmulos, no dia de finado, seque uma vela é acessa.
Os próprios antilulistas, verdadeiramente não os são, até porque, se fossem e com vistas às eleições de 2026 estariam unidos e jamais divididos, e o pior ainda, todos eles prestando homenagem e obediência ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como se o seu apoio fosse o bastante e o fundamental para eleger qualquer um deles.
Não estou menosprezando o capital eleitoral da seita bolsonarista nem da seita lulista, apenas divirjo de ambas, até porque, se levarmos em consideração as suas rejeições, ou mais precisamente, ao indesejável lulismo e ao inaceitável bolsonarismo, a candidatura Tarcísio de Freitas já teria se consolidado e jamais sendo desestimulada, a exemplo do que fez o ex-presidente Jair Bolsonaro ao lançar o seu filho, Flávio Bolsonaro, para enfrentar um peso-pesado chamado Lula.
Assim sendo, jamais o governador Tarcísio de Freitas deixará o quase certo, ou seja, a sua reeleição a governador do Estado de São Paulo, para entrar numa disputa, de certo modo, bastante incerta, como seria a sua disputa pela presidência da nossa República e tendo que enfrentar a candidatura Lula, este na condição de favorito e sentado na própria cadeira reservado ao presidente da nossa República.
E mais: para ser candidato à presidente nas próximas eleições, Tarcísio de Freitas terá que renunciar a sua confortável condição de governador.