O médico Fabrício Lemos, do programa Médico 24 horas, fez um alerta sobre o uso de medicamentos irregulares para emagrecimento, especialmente as chamadas “canetinhas”, como o tirzepatida, o Mounjaro, que estariam sendo comercializadas de forma ilegal.
Segundo ele, há uma “enxurrada de pirataria” no mercado, com produtos vendidos a preços muito abaixo do valor real e sem qualquer controle sanitário.
“Quando você ver facilidades, fuja. O emagrecimento não é fácil, é uma doença crônica, e não existe Mounjaro a preço de banana”, afirmou o médico, ao destacar os riscos do uso dessas substâncias sem acompanhamento profissional.
De acordo com Fabrício Lemos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já proibiu diversos medicamentos, principalmente os que estariam sendo trazidos de forma irregular do Paraguai, como lipolíticos e outros compostos.
Ele também chamou atenção para a comercialização por meio de delivery, prática que, segundo o médico, tem se tornado comum e representa um risco adicional à saúde dos pacientes.
O profissional explicou que o uso correto dessas medicações exige protocolos específicos, avaliação individual, prontuário médico e acompanhamento contínuo, além de cuidados rigorosos com armazenamento, controle de temperatura e rastreabilidade dos produtos, especialmente no caso de medicamentos manipulados, que precisam estar devidamente liberados pela Anvisa.
“Não existe medicação sem acompanhamento médico. Existe protocolo, existe critério para quem pode ou não usar, e existem efeitos adversos que precisam de acompanhamento profissional”, frisou.
Por fim, o médico orientou a população a procurar profissionais qualificados e desconfiar de ofertas irregulares. “O médico não vende medicamento, não vende molécula. Ele trabalha com protocolo e cuida do mais importante, que é a vida”, concluiu.