Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, lamentou na tarde desta terça-feira (16) o assassinato do vaqueiro Marcos Antônio Pereira da Cruz, classificado por ela como um crime “bárbaro”. A vítima prestava serviço ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) durante uma operação de desintrusão da Terra Indígena Apyterewa, no Pará. As informações são da Agência Brasil.
O crime ocorreu nas proximidades do distrito de Taboca, no município de São Félix do Xingu (PA). Segundo as autoridades, Marcos Antônio foi alvo de uma emboscada durante uma ação de desintrusão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) reconheceu que a situação na região é preocupante, mas informou que os servidores envolvidos na operação estão em segurança, abrigados em uma das bases de apoio da fundação.
As investigações iniciais apontam que a emboscada pode ter sido realizada por antigos ocupantes da terra indígena, que teriam invadido a área para a criação ilegal de gado.
Ao comentar o caso, Marina Silva afirmou ter recebido a notícia com profunda tristeza e destacou a responsabilidade do Estado em garantir a segurança de quem atua na proteção ambiental.
“É dever do poder público garantir a segurança da sociedade e de quem trabalha em benefício do patrimônio ambiental do país”, declarou a ministra, em nota oficial.
Marina classificou como irreparável a perda de um colaborador que desempenhava suas funções com “coragem e dedicação”, ressaltando ainda que a Polícia Federal está empenhada na investigação do crime. Ela defendeu a apuração rigorosa dos fatos e a punição dos responsáveis.
A ministra reforçou que as pessoas que atuam em defesa da natureza seguirão firmes na proteção da vida, da justiça socioambiental e da legalidade.
“Proteger o meio ambiente e os direitos originários não é um ato de confronto, mas um compromisso com a vida, com o presente e com o futuro do Brasil”, concluiu.