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Independente do quê?

Não raro, nas nossas redes sociais e na tentativa de tornarem-se confiáveis, dizem-se independentes.


Na nossa atividade política e em favor da boa e necessária informação, a maioria dos nossos blogs e seus respectivos blogueiros, dizem que agem com a mais absoluta independência e que, com a mesma chibata que batem nos lombos dos Chicos batem nos lombos dos Francisco.


Pura mentira, e isto porque, se um determinado Chico o financia, suas chibatadas não batem no seu lombo, enquanto isto, nos lombos dos Franciscos bate tanto que até o diabo tem pena.


Jornalismo independente, a exemplo daquele que fazia o saudoso Carlos Castello Branco, no então famosíssimo Jornal do Brasil, presentemente, contam-se nos dedos de uma mão, e àqueles que trabalham à soldo e são recompensados, contamos aos milhares.


Quanto mais interesses tenham e mais falaciosos sejam, quando contestados assim reagem: e como fica a minha liberdade de expressão? Respondo: se expressas com responsabilidade ainda que atinja pessoas poderosas, nada a reclamar. Entretanto, se irresponsáveis, ou seja, se caluniosas, injuriosas e difamatórias, cometem um crime previsto no nosso Código Penal e no artigo 5º, inciso X da nossa constituição.


A liberdade não é um direito absoluto, até porque, o direito de quem acusa precisa terminar quando começa o direito do acusado, mas, lamentavelmente, isto não estamos a assistir, particularmente, no nosso intoxicado ambiente político.


Ao que tudo está nos fazendo crer, no próximo mês de outubro iremos escolher o nosso presidente para o quadriênio 2026/2030 e tendo apenas dois polos como referência. Reporto-me ao lulismo indesejável e o balonismo inaceitável.


Enquanto os lulistas e sem a menor restrição, defendem a candidatura do próprio presidente Lula, de outro lado, existe meia dúzia de pretendentes: Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior, Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Eduardo Leite, mas como nenhum deles dispõe do sobrenome Bolsonaro, jamais consensualmente, emplacará a sua candidatura.


Isto decorre, naturalmente, do nosso anárquico sistema político-partidário e do qual o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro se presta como exemplo. Daí a pergunta que não pode calar: quando em 2018, o próprio se elegeu presidente, qual era o seu partido?  Resposta: o nanico e finado PSL.


Não serão os arranjos partidários que irão determinar o nosso futuro presidente. Para tanto, lembramos: nas eleições residenciais de 1989, a primeira após a nossa redemocratizão, filiado a um partido apelidado de PRN, Fernando Collor de Melo se elegeu presidente da nossa República derrotando Ulisses Guimarães, Mário Covas, Leonel Brizola, etc.