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Bocalom defende privatização de mercados municipais na capital

Por
Whidy Melo

Durante entrevista ao programa Bar do Vaz, exibido ao vivo nesta terça-feira (16) pelo ac24horas.com e pelas redes sociais do jornal, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), defendeu a adoção de gestão privada nos mercados municipais da capital. Segundo ele, a proposta não significa entregar o patrimônio público à iniciativa privada, mas transferir a administração cotidiana dos espaços, atualmente mantida com recursos da Prefeitura.


Ao responder questionamentos do jornalista Roberto Vaz sobre a resistência de feirantes e comerciantes, Bocalom afirmou que há desinformação sendo disseminada por setores da oposição. “Esse é o desespero desse pessoal que fica enchendo a cabeça dos coitadinhos, dos feirantes, do pessoal, dos comerciantes ali, de um monte de besteira”, disse. De acordo com o prefeito, não existe risco de perda dos boxes ou exclusão dos atuais permissionários.


Bocalom ressaltou que o investimento realizado no novo mercado municipal não pode continuar sendo sustentado exclusivamente pelo poder público. “Não dá para fazer um investimento de 30 milhões de reais e a prefeitura continuar apagando luz, continuar pagando gente para cuidar de banheiro, sendo que aquilo ali é comércio. Ali é comércio, é deles”, afirmou. Para ele, o modelo atual é injusto com os cofres públicos. “Os empresários estão ali para ganhar dinheiro. Se eles estão lá para ganhar dinheiro, é justo que eles paguem as contas. Não dá para jogar essa conta nas costas da prefeitura”, completou.


O prefeito fez questão de diferenciar privatização de gestão privada. “Não é uma privatização. Na realidade, é uma gestão privada. Nós não estamos entregando o mercado para ninguém”, explicou. Segundo Bocalom, uma empresa será responsável pela administração do espaço e pelo rateio das despesas entre os comerciantes. “Vai chegar e dizer: a tua parcela desse mês vai ser tanto para pagar as despesas gerais. Quanto mais cuidado o mercado tiver, mais clientes vão aparecer. Se aparecer mais cliente, vai vender mais”, argumentou.


Durante a entrevista, Bocalom destacou que mercados municipais são tradicionalmente geridos pela iniciativa privada em diversas cidades do país e que Rio Branco precisa seguir esse modelo para valorizar o espaço. “O coração da cidade é o mercado. Quanto mais bonito e organizado ele estiver, mais gente vai frequentar”, disse, ao lembrar visitas a mercados municipais em capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.


O prefeito também citou relatos de empresários locais que, segundo ele, evitavam levar visitantes ao antigo mercado por conta das condições precárias. “Tinha rato andando, barata andando. Agora é um negócio bonito, charmoso. Não tem dúvida de que vai chegar muito mais gente”, afirmou.


Bocalom concluiu reafirmando que a proposta busca organizar o espaço e fortalecer a atividade comercial. “Vai ser preservado todo mundo, direitinho. Nós queremos um negócio bonito, não um negócio bagunçado. Todos os mercados do Brasil inteiro funcionam assim, com gestão privada”, declarou.


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Whidy Melo