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Comerciantes do Elias Mansour liberam rua, mas prometem novos protestos

Por
Whidy Melo

As obras do novo Mercado Municipal Elias Mansour seguem aceleradas, mas o clima entre os feirantes continua tenso após o protesto realizado na manhã desta quinta-feira (11), quando trabalhadores bloquearam a rua Benjamin Constant por volta das 11h. A via ficou totalmente interditada e só foi liberada após uma reunião entre representantes da categoria e o diretor de Articulação da Secretaria Especial de Articulação Institucional (SAI), Edwilson Silva.


Mesmo com o desbloqueio da rua, o impasse está longe de ser resolvido. Após o encontro, os comerciantes deixaram o local ainda mais insatisfeitos e afirmaram que podem voltar a paralisar o Terminal Urbano de Rio Branco já nesta sexta-feira (12), caso não haja mudanças na condução do projeto de lei que prevê a terceirização da gestão do mercado.


Edwilson Silva participou da reunião para esclarecer pontos do PL e detalhar a proposta enviada pela Prefeitura à Câmara Municipal. Segundo ele, a modernização da estrutura exigirá uma administração mais profissionalizada.


“Estou esclarecendo alguns pontos do PL acerca da privatização, da terceirização, da administração do mercado”, afirmou. “Hoje a gente vê a realidade do empreendimento que será entregue, que é o novo mercado Elias Mansur. Ele necessita de uma equipe especializada para fazer manutenção, limpeza, segurança, publicidade e a administração.”


O diretor explicou que os feirantes buscavam entender de que forma o modelo de gestão funcionará na prática. “Esclareci alguns pontos que pairavam como dúvidas e, obviamente, alguns discordaram. Mas acredito que houve um consenso de que a Prefeitura de Rio Branco quer sempre trazer o melhor, não quer prejudicar, não quer atrapalhar nada”, disse.


Durante a conversa com os trabalhadores, Edwilson afirmou ainda que a proposta inclui capacitação dos permissionários, padronização de uniformes, identificação por meio de credenciais e definição de critérios tanto para quem trabalha quanto para quem busca serviços no novo mercado. Ele reforçou que o projeto é uma iniciativa do Executivo.


“É uma ação do Executivo. O Executivo submeteu à análise da Câmara, entendendo que há necessidade de que haja essa terceirização dos serviços”, declarou.


Apesar das explicações, a reunião terminou sem consenso. Os feirantes mantêm a posição contrária ao projeto e dizem temer perdas de direitos, aumento de custos e dificuldades de acesso ao novo espaço. A categoria promete seguir mobilizada e não descarta novos bloqueios caso suas reivindicações não sejam atendidas.


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Whidy Melo