Fotos: David Medeiros/Sérgio Vale/ac24horas
No Bar do Vaz desta quinta-feira (11), transmitido ao vivo na capa do ac24horas.com e nas redes sociais do jornal, a presidente do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC), Taynara Martins, anunciou que o estado registrou uma redução de 12% nos acidentes de trânsito com morte em comparação ao ano passado, mas destacou que o único número aceitável em termos de resultado é zero.
De acordo com Taynara, apesar da queda no índice, o órgão evita transformar esse dado em comemoração pela natureza trágica desses eventos. “Nós tivemos uma redução de 12%, mas esse é um número que nós não costumamos falar, por quê? Porque são mortes muito violentas, é muito difícil a gente falar em redução de sinistro de trânsito, a gente sabendo que tem famílias sofrendo”, afirmou.
Segundo a presidente, o Detran acompanha de perto essa estatística, especialmente em Rio Branco, onde o fluxo de veículos é mais intenso e, consequentemente, as ocorrências são mais numerosas. “A gente vê muitas mortes violentas ainda no trânsito aqui da capital, principalmente onde concentram maior quantidade de veículos, consequentemente a maior quantidade de sinistro de trânsito também”, observou. Ela reforçou que, apesar da queda registrada, o objetivo da autarquia é muito mais ambicioso. “A gente costuma não divulgar, mas acompanhar para que a gente chegue no nosso número aceitável, que com certeza é zero.”
Durante a entrevista, Taynara também reforçou a importância das campanhas educativas permanentes promovidas pelo órgão, tanto nas escolas quanto nas ruas, como estratégia fundamental para reduzir comportamentos de risco. Ela lembrou que o trabalho com crianças tem impacto direto nos hábitos das famílias. “A gente tenta trabalhar esse quesito de forma lúdica a longo prazo para que as crianças, que são os nossos futuros condutores, consigam agir. Porque quando a gente ensina na escola, quando ele entrou dentro do carro, já vai falando para os pais”, disse.
Taynara Martins lembrou ainda que ações fiscalizatórias, programas educativos e a modernização dos processos internos fazem parte do esforço contínuo para reduzir as fatalidades no trânsito. Para ela, o enfrentamento à violência viária exige persistência, análise constante e atuação integrada. “É um trabalho de média, longa e curto prazo. A gente continua com nossas campanhas e com certeza isso tem impacto nesses números.”
A presidente voltou a ressaltar que, mesmo com a redução registrada, cada vida perdida representa uma urgência para o Detran. “Nós queremos chegar a zero. Essa é a nossa meta”, concluiu.