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Zé Lopes critica redução de investimentos em água, infraestrutura e habitação

Foto: Jardy Lopes
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O vereador Zé Lopes (Republicanos) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Rio Branco, na sessão desta quarta-feira (10), para criticar a redução de recursos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) para áreas consideradas estratégicas, como abastecimento de água, infraestrutura, habitação e apoio à zona rural.


Durante o discurso, o parlamentar destacou a recorrente falta de água em diversos bairros da capital e comparou os valores previstos no orçamento. Segundo ele, a LOA deste ano destinou cerca de R$ 11,5 milhões para a modernização do sistema de abastecimento de água. Já a proposta para o próximo ano prevê apenas R$ 1 milhão para o setor. “Se com R$ 11 milhões já estamos enfrentando tantos problemas, o que será possível fazer com apenas R$ 1 milhão?”, questionou.

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Zé Lopes também chamou atenção para o aumento no orçamento da Secretaria Municipal de Finanças, que, conforme a proposta, passaria de R$ 124 milhões em 2025 para R$ 135 milhões em 2026, um acréscimo de R$ 11 milhões. O vereador questionou a priorização desses recursos. “Além do pagamento de precatórios, que é um sistema praticamente automatizado, o que justifica tirar quase R$ 10 milhões da água e ampliar o orçamento da Secretaria de Finanças?”, indagou.


Outro ponto abordado foi a redução dos investimentos em infraestrutura. De acordo com o vereador, o orçamento da área cairia de R$ 710 milhões para R$ 575 milhões, representando uma diminuição de cerca de R$ 170 milhões. Ele citou ainda o projeto habitacional conhecido como “Mil e Uma Dignidades”, que, segundo afirmou, teria tido o orçamento reduzido de R$ 70 milhões para R$ 7 milhões. “Se o projeto não foi executado com R$ 70 milhões, o que vai ser feito com apenas R$ 7 milhões?”, declarou.


Zé Lopes também criticou a redução dos recursos destinados à pavimentação de ramais, que cairiam de R$ 11 milhões neste ano para R$ 1,5 milhão no próximo, segundo a proposta atual da LOA. Para o parlamentar, a medida prejudica diretamente os produtores rurais e dificulta o escoamento da produção agrícola. “Como o produtor vai trazer alimento para a cidade sem investimento nos ramais?”, questionou.


Em contrapartida, o vereador destacou o aumento do subsídio ao transporte coletivo. Conforme apontou, o repasse previsto para a empresa responsável pelo serviço deve subir de R$ 42 milhões para R$ 50 milhões no próximo ano. “Água, saneamento, infraestrutura e habitação sofrem cortes, mas o subsídio do transporte coletivo vai aumentar em R$ 8 milhões”, criticou.


Ao final, Zé Lopes afirmou que pretende defender alterações no texto da LOA antes da votação, com o objetivo de recompor recursos para áreas que considera essenciais para a população de Rio Branco.


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