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Óleo, carne e banana impulsionam alta do custo da cesta básica

FOTO: REPRODUÇÃO
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Em novembro de 2025, o custo da cesta básica em Rio Branco voltou a subir e revelou um movimento desigual entre os principais alimentos consumidos pela população acreana. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta terça-feira (9), a cesta chegou a R$ 635,91, o que representa uma alta de 0,77% em relação a outubro. Apesar desse aumento no mês, o acumulado dos últimos sete meses – entre abril e novembro – ainda aponta uma queda de 6,17% no custo total, indicando que, no médio prazo, houve algum alívio no bolso do consumidor, ainda que de forma instável.


O principal impacto de alta em novembro veio do óleo de soja, que registrou aumento expressivo de 6,61%, refletindo pressões no mercado nacional e nos custos de produção. Também tiveram elevação a carne bovina de primeira, com alta de 2,45%, produto que continua entre os mais caros da cesta, além da banana, que subiu 1,89% e passou a pesar mais no orçamento das famílias. O pão francês apresentou leve reajuste de 0,21%, enquanto o feijão carioca aumentou 0,15% e o tomate teve elevação mais discreta, de 0,11%, contrariando a tendência de queda observada em várias outras capitais do país.

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Na outra ponta, metade dos produtos registrou redução de preços. O açúcar cristal ficou 2,68% mais barato, seguido pelo arroz agulhinha, que teve queda de 2,36%. A farinha de mandioca, item tradicional na mesa dos acreanos, recuou 1,53%. A manteiga apresentou redução de 0,74%, o café em pó ficou 0,33% mais barato e o leite integral teve queda de 0,28%, ajudando a suavizar parcialmente o impacto dos aumentos no valor final da cesta.


Quando observada a variação mais longa, desde abril de 2025, apenas dois produtos acumularam alta em Rio Branco: o óleo de soja, com elevação de 13,48%, e a carne bovina de primeira, com aumento de 1,92%. Em contrapartida, itens importantes do consumo cotidiano apresentaram quedas significativas no período, como o tomate, que acumulou redução de 17,03%, o arroz agulhinha, com queda de 14,63%, e a banana, que ficou 10,36% mais barata. Também registraram recuos a farinha de mandioca (-9,36%), o açúcar cristal (-7,62%), o café em pó (-5,71%), o pão francês (-5,29%), o feijão carioca (-2,22%), o leite integral (-1,11%) e a manteiga (-0,55%).


O impacto dessas oscilações é sentido diretamente pelo trabalhador. Em novembro, quem recebe um salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou trabalhar 92 horas e 10 minutos para comprar a cesta básica em Rio Branco. No mês anterior, o tempo necessário era de 91 horas e 28 minutos, o que mostra uma piora no poder de compra. Após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador precisou comprometer 45,29% da renda líquida apenas com alimentação básica em novembro, acima dos 44,94% registrados em outubro.


O cenário revela que, mesmo com quedas acumuladas ao longo do ano em vários produtos, o orçamento das famílias acreanas continua pressionado por altas pontuais em itens essenciais, principalmente óleo de soja e carne, que seguem como os grandes vilões do custo da alimentação em Rio Branco.


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