A cesta básica apresentou alta de 1,07% em Assis Brasil no mês de outubro, segundo levantamento realizado pela Universidade Federal do Acre (Ufac), divulgado nesta segunda-feira, 8, refletindo o encarecimento de produtos essenciais no período.
De acordo com a pesquisa, a elevação do custo é resultado do aumento em itens de grande peso na alimentação das famílias. O tomate foi o principal responsável pela pressão inflacionária, seguido por outros produtos que também registraram acréscimo no mês analisado.
O estudo integra o projeto de extensão “O Custo da Cesta Básica em Assis Brasil – AC”, desenvolvido por estudantes do curso de Economia da Ufac sob coordenação do professor doutor Rubicleis Gomes, e os resultados são referentes ao levantamento realizado entre 10 e 15 de outubro de 2025.
Apesar da distância em relação à capital, o relatório reforça que Assis Brasil mantém custo de vida menor que Rio Branco, especialmente no conjunto das três cestas básicas analisadas: alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal.
A pesquisa foi realizada em dez estabelecimentos comerciais, entre mercados de porte variado, açougues e panificadoras, distribuídos em cinco bairros da cidade. Ao todo, foram observados os preços dos 28 itens que compõem a cesta básica alimentar, além dos itens das demais categorias.
Variações registradas em outubro
Os dados mostram que, em outubro, o comportamento dos preços foi heterogêneo. A cesta básica alimentar teve aumento de 1,07%, passando de R$ 531,47 (setembro) para R$ 537,13.
Cinco dos quatorze produtos apresentaram alta, com destaque para o tomate, cujo preço subiu 33,39%. Também tiveram acréscimos o leite (1,95%), banana (11%), feijão (0,06%) e manteiga (1,07%).
Já a cesta de limpeza doméstica apresentou alta significativa de 6,18%, variando de R$ 87,42 para R$ 92,86. Itens como sabão barra (3,33%), sabão em pó (2,11%) e detergente (0,47%) impulsionaram esse aumento.
Por outro lado, a cesta de higiene pessoal teve redução leve de 0,44%, caindo de R$ 35,50 para R$ 35,35. Os itens que mais contribuíram para a queda foram barbeador descartável (-5,04%), creme dental (-1,81%), absorvente (-1,80%) e sabonete (-0,57%). O papel higiênico, por outro lado, apresentou crescimento de 7,53%.
O estudo também calcula o tempo que um trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisa dedicar para adquirir as três cestas completas.
Em outubro, esse tempo foi de 95 horas e 34 minutos em Assis Brasil. Em Rio Branco, no mesmo período, o trabalhador precisou de 98 horas e 4 minutos, representando uma diferença de 2h30min a mais. Isso reforça que, mesmo com oscilações mensais, o custo de vida em Assis Brasil se mantém levemente inferior ao da capital acreana.
O estudo completo está disponível na plataforma Zenodo, com tabelas detalhadas sobre preços, variações e comparativos entre Assis Brasil e Rio Branco.
