Imagem: Jeane de Oliveira/FDR
Dados regionais analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC) apontam que o percentual de famílias acreanas endividadas se manteve estável entre setembro e novembro de 2025, permanecendo em 82%.
Assim como ocorre no restante do país, o maior grau de endividamento está entre as famílias com renda mensal de até dez salários mínimos. Esse grupo representa 35,4% das famílias entrevistadas e apresentou redução em relação aos meses anteriores, atingindo 41.963 lares, o menor índice registrado desde março deste ano.
Entre as famílias observadas, 41.963 afirmam ter dívidas em atraso e outras 13.779 relatam não ter condições de manter seus pagamentos em dia.
Ambos os indicadores registraram quedas significativas, alcançando os menores níveis desde maio. Houve redução de 4,08% no número de famílias com contas em atraso e de 4,57% entre aquelas que declaram não ter condições de pagar suas dívidas.
Segundo o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, “essa continuidade no número de famílias endividadas no Acre reflete o momento econômico atual, as altas taxas de juros por conta da SELIC”.
Ele explica ainda que “a pesquisa indica que as famílias estão evitando a realização de novas dívidas, buscando manter as que possuem em dia e pagando aquelas inadimplentes”.
Garó conclui que o endividamento deve diminuir nos próximos períodos, impulsionado pelo pagamento do 13º salário, que deve auxiliar tanto no consumo quanto na quitação das dívidas.