Um outdoor instalado na AC-10 mostra uma moto acorrentada com a frase: “sua voz não será silenciada!”. A peça expõe a dor de um pai que perdeu o filho em acidente e busca conscientizar motoristas sobre a necessidade de um trânsito mais seguro. A mensagem tem repercutido nas redes sociais.
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A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa) ampliou a oferta do método contraceptivo Implanon nas URAPs da capital acreana. A iniciativa tem foco principal na prevenção da gravidez precoce entre adolescentes. Medida bem recebida por profissionais da saúde.
A homenagem a Odilon Vitorino na ponte do Rio Tarauacá expõe como o Acre tenta preservar memória enquanto ainda luta para executar obras com eficiência. Diferente do Pará e de Rondônia, que ampliaram malhas com menor dependência federal, o Estado segue refém da BR-364 para existir economicamente.
A Operação Desmonte 4 prendeu 12 suspeitos e mostra como o Acre, assim como Amazonas e Mato Grosso, virou rota estratégica para facções que avançam mais rápido que a resposta do Estado. Mesmo com apoio interestadual, a reincidência de ações indica que o crime organizado se reestrutura com facilidade.
A ação da Energisa no Calafate, oferecendo descontos que chegam a 80%, escancara a incapacidade de milhares de famílias acreanas de manter contas básicas em dia. O Acre, onde inadimplência energética supera 20%, fica acima da média do Norte e expõe desigualdades que se repetem ano após ano.
O debate sobre o piso salarial dos servidores da educação envolve o Acre como exemplo de fragilidade fiscal de pequenos Estados, semelhante ao Amapá e Roraima. A vinculação a 75% do piso do magistério pode ampliar o rombo municipal e já preocupa prefeituras que mal sustentam a folha atual.
A visita da Conab à Aldeia Formoso evidencia o papel vital do PAA para regiões isoladas, onde o frete fluvial consome até 40% da renda das famílias. Diferente do Sul e Sudeste, onde a logística reduz perdas, no Acre o programa é praticamente a única garantia de escoamento.
A ponte de Tarauacá reafirma a BR-364 como veia única do Acre, ao contrário de estados com múltiplos corredores logísticos, como Mato Grosso e Pará. O projeto evidencia como a região depende de uma estrada que, em épocas de chuva, se torna barreira — não solução.
A ação conjunta da Draco com Mato Grosso demonstra que grupos criminosos tratam o Acre como área de expansão, repetindo um padrão visto antes no interior do Amazonas. A necessidade de forças federais e interestaduais revela a fragilidade da estrutura local.
A troca de lâmpadas incandescentes e geladeiras no programa da Energisa reforça a desigualdade no acesso a eficiência energética: enquanto estados do Sudeste avançam com microgeração solar, o Acre ainda troca lâmpadas para reduzir o consumo básico. A distância tecnológica é gritante.
O pleito por piso salarial dos trabalhadores de apoio escolar mostra que a valorização da educação vai além do professor. No Acre, onde muitos servidores ganham abaixo de R$ 2 mil, a diferença para estados como Distrito Federal chega a 180%.
A Desmonte 4 evidencia que prisões preventivas continuam sendo o principal mecanismo de contenção de facções, embora pouco alterem sua lógica operacional. Estados como Acre e Amazonas seguem prendendo muito e resolvendo pouco.
O PAA na Aldeia Formoso demonstra como o programa mitiga perdas causadas pelo custo logístico, que no Acre supera em até 300% o frete de regiões urbanas do Centro-Oeste. Sem a compra garantida, a produção indígena praticamente não chega ao mercado.
O cadastro na tarifa social, exigido pela Energisa, mostra como o Acre tem um dos maiores índices de famílias elegíveis do país — mais de 45%. O dado reforça a dependência de subsídios e a baixa capacidade de pagamento da população.
A merenda regionalizada, alimentada pelos produtos do PAA, representa para aldeias isoladas mais que refeição escolar: é política de segurança alimentar. No Norte, o Acre está entre os três estados mais dependentes desse modelo.
A discussão do piso da educação na CCJ da Câmara incluiu o impacto sobre municípios pequenos, como os do Acre, onde a folha de pessoal já ultrapassa 55% em várias prefeituras. A situação é similar à de cidades do Maranhão e Piauí, que também alertam para risco de colapso financeiro.
O registro documental da Conab sobre as entregas na Aldeia Formoso evidencia um esforço para profissionalizar processos que, em outros Estados, já estão consolidados. No Acre, a burocracia continua um obstáculo tão grande quanto a distância geográfica.
Aos poucos, as coisas vão mudando. Mesmo que seja na marra. Esta semana, por meio da Câmara Técnica do Agronegócio, o Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento convidou o Iphan e MP para pactuar ações. O assunto não podia ser outro: geoglifos.
A forma e o tom do encontro foram inéditos. O presidente do Fórum, Assuero Veronez, é parte muito interessada: tem um contencioso com o Iphan. E colocou o coordenador da Câmara Técnica, Judson Valentim, para mediar. Mas, independente disto, foi interessante perceber o espírito de “vamos nos entender”.
Valentim, mineiro bom de prosa, é talhado para distensionar relações. A Câmara Técnica se dispôs a tentar viabilizar um curso de mestrado em Arqueologia, articulando-se junto à Ufac e à bancada federal. O objetivo disto é diminuir custos na confecção de laudos que, hoje, estão com preços muito altos.
Tudo isso precisa ser valorizado. Por quê? Porque a verdade é uma só: produtor agrícola, pecuarista, seja de qual perfil for (pequeno, minúsculo, grande, enorme) tem ojeriza a geoglifos, sítios arqueológicos e afins. Eles têm raiva disso tudo. Mas estão começando a perceber que ou sentam para resolver ou serão embargados. Aí, todos perdem.
E por falar em Iphan, as coisas acontecem por ali com muita discrição. Stênio Cordeiro (ex-PV) deixou a superintendência do órgão da forma mais discreta possível. Tão discreta que não expôs os conflitos com o baixíssimo clero petista empurrado para dentro do órgão.
Intrigante ver como esses episódios toscos protagonizados pela deputada federal Antônia Lúcia acabam revelando conflitos de classe social. Na web, não é raro encontrar quem observe a cena e se compadeça da parlamentar, alegando problemas de saúde mental. Fosse uma mulher preta, de periferia…
E um detalhe acabou sendo, discretamente, exposto: para um lar de pastores, a casa é um luxo só. Tem luz das casas de novela da TV Globo.
Ônibus gratuito aos domingos só pode ser uma piada pronta do prefeito Bocalom! O caos em que está o sistema de transporte coletivo e a administração pública reage de forma populista! O debate sobre a gratuidade no transporte coletivo é sério. Entende o ato de ir e vir como um direito. Mas todos sabemos que não é essa a percepção do prefeito. O cálculo dele é outro.