Detentos do presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, tiveram nesta sexta-feira, 5, um dia de confraternização com seus familiares na área externa da unidade prisional. Cerca de 70 presos, previamente avaliados, ficaram toda a manhã com familiares e receberam lanche, ouviram músicas de louvor e a palavra de um pastor. A reunião é feita anualmente no mês natalino.
“Esse momento a gente considera muito importante, onde trazemos o familiar até o reeducando para que ele comece a se adaptar, comece o processo de adaptação, de reintegração à sociedade. É um trabalho diferenciado porque não é uma visita normal daqueles familiares que estão acostumados a vir. A gente abre um espaço para amigos, familiares que não vêm, não têm a oportunidade de visitá-los. O próprio reeducando dá o nome do familiar e aí tem esse momento de confraternização. Eles ajudam a unidade de recuperação com o trabalho e a gente ajuda ele no processo de remissão de pena e também aproximação da família”, cita o diretor do presídio, Elves Barros.
Um detento que está há 5 meses no presídio, com pena de 12 anos para cumprir, gostou de poder ficar algumas horas junto com o pai e outros familiares fora dos muros da prisão. “Para mim essa comemoração hoje está sendo muito importante porque a gente não vai estar com o meu pai agora, do Natal, e nem ano novo. É alegria imensa poder compartilhar esse momento junto, louvando e agradecendo a Deus, conversando, compartilhando lembranças. Lá dentro é mais tenso, é mais pressão e aqui não. Estar no ar livre está sendo muito bom, muito gratificante”, enfatiza.
O pastor Elias Monteiro destaca a importância do momento de confraternização e socialização para os detentos. “Ajuda na socialização, ajuda na autoestima deles e no ser humano num todo, na sua integralidade. Não só a parte da espiritualidade, na questão emocional, mental deles, que é fortalecida, mas também a parte física. A gente vê a alegria apesar da situação que eles se encontram aqui e renovam a esperança e saber que eles estão de alguma forma sendo tratados e respeitados e a sua garantia de direitos também sendo assistida pelo contato com seus familiares”, concluiu.


















