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Careca do INSS teria pago Lulinha por meio de empresa em Portugal

Reprodução do Instagram
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O homem que acusa o filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ter recebido “mesada” do lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, relatou a interlocutores que os supostos repasses a Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, teriam sido feitos em Portugal, por meio de uma empresa de maconha medicinal.


A World Cannabis tem sede em Brasília e pertence ao Careca do INSS e ao filho dele. O lobista está preso desde setembro, acusado de intermediar o pagamento de propina de associações de aposentados a dirigentes do Instituto Nacional de Seguro Social no esquema bilionário de descontos indevidos em milhões de aposentadorias, revelado pelo Metrópoles.

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Os supostos pagamentos do Careca do INSS a Lulinha foram relatados à Polícia Federal (PF) por Edson Claro, que foi funcionário em um escritório da World Cannabis em São Paulo e afirma ter sido ameaçado de morte pelo lobista. Teriam sido R$ 25 milhões repassados, além de uma “mesada” de R$ 300 mil.


O Metrópoles apurou que Claro deu dicas aos investigadores, mas não teria provas dos supostos repasses a Lulinha. Em seus relatos, ele afirma que não conhecia o filho do presidente Lula, mas teve relação com Roberta Luchsinger, herdeira de um banco suíço ligada ao PT que teria atuado junto com o Careca do INSS para fazer lobby por uma empresa de saúde.


Segundo relatos, Roberta recebeu diversos presentes de Antunes, incluindo até roupas para cachorro. Ela seria um elo entre o lobista e o filho do presidente Lula. Neta do falecido ex-banqueiro suíço Peter Paul Arnold Luchsinger, Roberta ganhou visibilidade ao prometer uma doação de R$ 500 mil a Lula, quando o presidente foi alvo de bloqueio bancário na Operação Lava Jato.


O depoimento de Edson Claro sobre as suposta mesada para Lulinha teria chegado à CPMI do INSS. A reportagem apurou que ele se encontrou com o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI, e com o senador Carlos Vianna (Podemos-MG), presidente da comissão.


Claro atua na área de medicamentos há décadas e teria pedido demissão da World Cannabis após a Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em 23 de abril contra as fraudes no INSS. Depois disso, teria se encontrado outras vezes com o lobista para tentar reaver bens que estavam com ele.


O Metrópoles procurou Edson Claro, mas ele não quis se manifestar. Lulinha mudou-se para Madri, na Espanha, em meados deste ano, e não se manifestou sobre o tema até o momento. O espaço segue aberto.


Convocação na CPMI barrada


Nessa quinta-feira (4/12), a CPMI do INSS rejeitou a convocação do filho mais velho do presidente Lula. Por 19 votos favoráveis e 12 votos contrários, a comissão impediu o depoimento de Lulinha.


O requerimento foi apresentado por parlamentares do partido Novo, que aponta indícios de conexão entre operadores da Farra do INSS com o filho do presidente Lula.


O caso citado envolve Ricardo Bimbo, dirigente do PT, que teria recebido mais de R$ 8,4 milhões de uma empresa supeita de participação no esquema e, no mesmo período, pagou um boleto ao contador de Lulinha.


 


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