A nossa polarização política, a cada dia que vem passando, só tem piorado. Chega! Basta!
A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de domiciliar para preventiva, e a possibilidade real de se tornar ainda mais efetiva, está como resultado da sua condenação pela sua participação no que se denominou chamar de golpe de Estado, num crescendo, só tem nos trazidos sérias preocupações, afinal de contas, o nosso clima política só encontra paralelo nos altos fornos e quando se encontram em atividade.
E por que assim? Sinceramente falando: porque os nos três poderes, em sendo os únicos capazes de superar quaisquer dos nossos conflitos, por mais graves que sejam não estão funcionando com a necessária harmonia, e sim, com demasiada independência. Pelo ao menos, esta é a primeira conclusão que poderemos extrair da gravíssima crise que ora nos encontramos.
Dia sim e outro também, o que não nos tem faltado são os bombeiros, do tipo faz conta, dizendo que estão buscando apagar os nossos incêndios, mas jogando combustíveis sobre suas chamas.
O que estamos assistindo, isto sim, é a negação do que preceituou o Barão de Montesquieu, posto que, independência de mais e harmonia de menos, entre os nossos poderes, jamais produzirão os bons resultados.
Na altura do campeonato em que nos encontramos, sem que ocorra uma espécie de armistício, a nossa situação só tende a piorar, e isto porque, dada a proximidade das nossas eleições, cada vez mais, os ânimos daqueles que deveriam buscar a nossa pacificação política só se acirrarão e de forma assustadoramente crescente.
O Brasil, politicamente, caiu numa esparrela, sendo mais preciso, numa polarização política, cujo saldo de prejuízos só tem crescido como se estivéssemos à procura de um herói. Outro não é o mais grave erro que os nossos atuais poderosos estão cometendo.
Que o ex-presidente Jair Bolsonaro, ou mais precisamente, que o bolsonarismo tornou-se uma crença de natureza política e que se opõe a outra, o lulismo, são estas duas crenças que precisamos vê-las exorcizadas, do contrário, e como se diz na gíria, continuaremos malhando em ferro frio.
Não são os esquentados, sejam do bolsonarismo e/ou do lulismo, que devam ficar à frente e em busca da nossa pacificação, e sim, àqueles que fria e patrioticamente estarão em condições de se sentarem numa mesma mesa e dela extrair o que se faz urgente e necessário para a nossa democracia, e em particular, para o nosso país.
Volto a repetir Bertolt Brecht: “maldito é o país que precisa de herói” se sim, jamais deveremos buscá-lo.