A fonte não se revela no jornalismo. Mas, como diria o personagem mítico inglês, Jack, o Estripador – vamos por partes. Conversei ontem com três figuras que estão à frente de uma articulação no MDB para melar o apoio do partido à candidatura da vice-governadora Mailza Assis (PP) e levar a sigla para apoiar o candidato Alan Rick (PL), sob argumento não terem a garantia de que o que for acertado pela Mailza, o governador Gladson Cameli não vai desfazer mais na frente. O grupo garante ter a maioria da Executiva Regional. Liguei para o presidente do MDB, Vagner Sales, para saber a sua opinião. Para ele, os articuladores do golpe não sabem nem onde o galo canta. “Quem vai decidir para onde o MDB vai na eleição de 2026 não é só a Executiva Regional, mas os votos dos membros dos diretórios municipais, em torno de cem votantes. Ainda que a escolha fosse feita pela Executiva, temos a maioria na sua composição. E no diretório, também, temos larga maioria. É conversa fiada que esse pessoal que você cita seja a maioria no partido, nesse ponto estou tranquilo”, desafiou o presidente Vagner Sales. Por conta da articulação do golpismo, Vagner Sales disse ao BLOG que vai antecipar a reunião para definir a aliança para 2026, até o fim deste mês, não deixando para o próximo ano como estava programado. “Tem gente que ainda não entendeu que o MDB não tem dono”, lembrou.
JOGO DE INTERESSES
O MDB está ficando igual biruta de aeroporto mudando de direção, e sujeito a jogos de interesses. Está entrando num desgaste e o melhor que poderá fazer é decidir logo se apoiará o Alan Rick (Republicanos) ou Mailza Assis (PP) para o governo. A cada dia que passa aumenta a confusão. Essa novela está ficando cada vez mais chata, entediante.
NAS MÃOS DE TRÊS
Os votos dos diretórios do MDB estão sob a influência de três lideranças: de Feijó até o Juruá, quem lidera é o Vagner Sales; os votos dos municípios do Alto Acre estão sob o comando do ex-prefeito Aldemir Lopes; e de Sena Madureira até Santa Rosa, o deputado Tanízio de Sá lidera. Sem a participação dos três, qualquer tentativa de levar o partido para apoiar a candidatura de Alan Rick (Republicanos) fracassará.
SEM BALA NA AGULHA
Um dos cabeças brancas ouvido pelo BLOG, lembrou com uma risada a oferta do grupo do senador Alan Rick (Republicanos) de filiar o suplente de senador Gemil Júnior (Republicanos). “Suplente não é nada, e se ele se filiar ao MDB e assumir um dia o mandato, no outro dia volta para o Republicanos, porque a sua lealdade é com o Alan Rick. E indagou com ironia: “Se o Republicanos não tem nem uma chapa competitiva para a Câmara Federal, como é que vai ajudar o MDB a montar chapa para deputado federal”? Foi a indagação.
OUTRA ARGUMENTAÇÃO
O grupo rebelado do MDB usa a argumentação que o Gladson já disse que o vice e o candidato ao Senado e para vice-governador será ele que indicará. “Como é que a Mailza vai ajudar o MDB, se não manda em nada? É que usam para contrapor os que querem no MDB apoiar a Mailza.
GOVERNO QUER GARANTIA
Por parte do grupo ligado à vice-governadora Mailza Assis há um sentimento de que a aliança só depende do MDB. Lembram que na eleição municipal o MDB fez um acordo para a disputa da prefeitura de Cruzeiro do Sul, e em cima da hora recuou e lançou Jéssica Sales (MDB) para prefeita. Em recente entrevista o secretário da SEGOV, Luiz Calixto, foi taxativo: “Por parte da Mailza a aliança com o MDB é prego batido e ponta virada”. Ou seja, cabe ao MDB tirar a decisão oficial que quer a aliança.
TALVEZ, SÓ O CAMELI
O preferido para vice na chapa da candidata ao governo Mailza Assis é o ex-prefeito Marcus Alexandre, mas este já disse que pretende ser candidato a deputado estadual. Conversando ontem com alguém próximo do Marcus, ouvi o comentário: “Luiz Carlos, o Marcus está tão decidido, que talvez, somente uma longa conversa com o governador Gladson Cameli lhe convencesse a mudar de idéia. Talvez, talvez..” Disse a fonte.
LINHA DE FRENTE
Aberson Carvalho, Jonathan Donadoni e Aberson Carvalho tendem a ser a linha de frente da candidatura de Mailza ao governo. O trio tem longa experiência em campanhas políticas.
MANCHETE NACIONAL
A briga entre a deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos) e o marido e deputado federal Silas Câmara (Republicanos), virou uma guerra de acusações pessoais pesadas, e manchete nacional. Só observo e passo longe.
PULAM FORA
O PSDB tem apenas três nomes para deputado federal com passagem pelas urnas: Pedro Longo, Vanda Milani e Minoru Kinpara. Mas, se o partido não completar a chapa com outros nomes de peso, não duvido nem um pouco que o trio pule do ninho tucano.
NÃO É CANDIDATA
A pergunta que ouço de deputados da base do governo, é a seguinte: ” A Sula Ximenes é candidata a deputada?” Nunca conversei com ela, mas pelas informações que tenho, ela não será.
MÁQUINA DE PRIVILÉGIOS
Com essa máquina de privilégios do governo trabalhando pela sua candidatura a deputado federal, se o médico pernambucano Fábio Rueda (UB) não se eleger com uma forte votação, é melhor virar vendedor de picolé. Virou o queridinho de um grupo forte do governo.
BARRADO PELA LRF
O vereador Rodrigo Ayache (PP) ligou para dizer que o plano de cargos e carreira da Saúde está pronto, mas não foi para votação por esbarrar no teto da Lei de Responsabilidade Fiscal do governo. Reconhece que em torno de 10% da categoria não será beneficiada, porque não há como acolher todas as reivindicações salariais da categoria.
FORMA CHAPA
Conheço um pouco como o senador Márcio Bittar (PL) se articula, por isso não vou me admirar se conseguir montar uma chapa competitiva para deputado federal. Sempre foi um bom montador de chapas.
PRIMEIRA LEVA
Uma primeira leva dos aprovados no último concurso da Educação, mais de 600 candidatos, deverão ser chamados hoje para o contrato. O secretário de Educação, Aberson Carvalho, revelou ontem ao BLOG que até o início do próximo ano as levas restantes serão convocadas.
FRASE MARCANTE
“A política é a arte de fazer os seus desejos egoístas parecerem questões de interesse nacional”. Thomas Sowell.























