O vereador Zé Lopes (Republicanos) utilizou a tribuna da Câmara Municipal nesta quarta-feira (3) para denunciar a situação crítica do abastecimento de água em diversos bairros de Rio Branco. O parlamentar fez duras críticas à gestão municipal e afirmou que a população vive um colapso cotidiano, especialmente nas regiões mais altas da cidade e na Baixada da Sobral.
Segundo ele, a prefeitura tem atribuído a falta de abastecimento à “alta turbidez do rio Áquila”, causada pelo nível baixo da água, pela correnteza e por falhas mecânicas em bombas e maquinário. No entanto, o vereador afirma que o cenário de precariedade se arrasta desde o ano passado.
“Quem anda nos bairros sabe a dificuldade que é, principalmente na parte alta da cidade, onde as pessoas estão pagando R$ 150 para encher uma caixa de mil litros. Como o pobre, que ganha um salário mínimo, consegue pagar isso? E essa água não dura nem uma semana”, criticou.
Zé Lopes também destacou que a situação piorou nos últimos dias na Baixada da Sobral, onde famílias estariam há vários dias sem água e, em alguns casos, tendo o fornecimento cortado por falta de pagamento — mesmo sem receber abastecimento regular do Saerb.
O vereador relatou o caso de uma moradora do bairro Panorama, que enviou um áudio emocionado pedindo ajuda. Segundo ele, episódios como esse chegam diariamente ao seu gabinete. “Todo santo dia eu recebo mensagens desesperadas de moradores pedindo água”, disse.
Crise reacende debate sobre prioridades no orçamento
Durante o discurso, Zé Lopes afirmou que a Câmara retomará, na próxima semana, a discussão da Lei Orçamentária Anual (LOA), que define onde a prefeitura vai investir os recursos em 2026. Para ele, o debate deve priorizar as necessidades reais da população.
“A prefeitura vai investir em festa? Em decoração? Ou vai priorizar levar água às casas das pessoas? Todos nós, eleitos pelo povo, temos o dever de votar pensando naquilo que a população realmente precisa”, afirmou.
Zé Lopes finalizou dizendo que continuará cobrando a prefeitura para garantir o abastecimento mínimo e digno à população, lembrando que água potável é um direito básico.“Esse é um debate urgente. É impossível aceitar que famílias fiquem dias sem água dentro de casa”, concluiu.
