O programa Boa Conversa, apresentado por Marcos Venícios, com comentários de Astério Moreira e Luís Carlos Moreira Jorge (Crica), exibido pelo ac24horas, discutiu nesta sexta-feira, 28, os principais assuntos que marcaram a semana, incluindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os jornalistas abriram o debate comentando a detenção do ex-presidente, ocorrida na manhã de sábado (22), em Brasília (DF). A Polícia Federal (PF) informou que cumpriu mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Petição 14129. A decisão substituiu a prisão domiciliar anteriormente imposta, após novos elementos apontarem risco de fuga e ameaça à ordem pública.
Durante o programa, Marcos Venícios destacou que Bolsonaro está custodiado em uma cela da Polícia Federal, em condições semelhantes às oferecidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando esteve detido. “Eu acho que é o justo, negócio de levar o cara pra Papuda”, comentou o apresentador.
O colunista Luiz Carlos lembrou que outros ex-presidentes já foram presos, como Fernando Collor de Mello, Lula e Michel Temer. Segundo ele, não há perseguição política no caso de Bolsonaro. “A questão dele é que é justo que esteja na Polícia Federal, porque a saúde dele está fragilizada. Ele não pode jamais ir para uma penitenciária. A saúde dele está fraca”, afirmou.
O programa também abordou a crítica feita pelo senador Márcio Bittar a aliados do governo. Segundo ele, há dificuldade em apoiar gestores que não reconhecem o legado político do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O colunista Luiz Carlos afirmou apreciar a postura firme de Bittar em manter posição e lealdade, mas criticou a indireta lançada pelo senador durante a inauguração da ponte da Sibéria, em Xapuri.
“Ele não pode obrigar todo mundo a sair na rua gritando ‘Mito’. O Márcio tem que fazer a defesa do Bolsonaro, é justo que ele faça. Agora, não pode exigir do governo que coloque um outdoor dizendo ‘o governo do Acre está com Bolsonaro’”, comentou.
Astério Moreira destacou que Bittar também costuma criticar o governo estadual quando percebe gestos de cordialidade do governador Gladson Cameli em relação ao presidente Lula.
“O Gladson faz isso, ele é de centro, ele dialoga com todo mundo. O Márcio entende que deveria haver reconhecimento e gratidão do governo pelo período em que Bolsonaro foi presidente”, afirmou.
Moreira acrescentou ainda que, mesmo preso, Bolsonaro continuaria forte eleitoralmente no Acre. “Ele ganha do Lula. Então, o Márcio está jogando para o time dele”, avaliou.
Marcos questionou Astério sobre o fato de o senador Márcio Bittar ser ou não bolsonarista. Moreira respondeu: “Ele é convertido ao bolsonarismo. O Bolsonaro deixou de ser apenas um líder político para o Márcio Bittar”, afirmou.
Luiz Carlos afirmou que conversou com a senadora Mailza e que ela declarou considerar bem-vindo o apoio de Márcio Bittar, porém destacou que sua candidatura é inegociável. “A candidata é ela”, reforçou.
Clica destacou que, em uma eventual candidatura de Tião Bocalom, Márcio Bittar terá de subir no palanque do atual prefeito, hoje filiado ao PL. “Vai ter que ir ao palanque do Boca”, avaliou Luiz.
Já ao comentar a definição do MDB sobre qual candidato ao governo deverá apoiar, Crica avaliou que a decisão não será tomada ainda este ano. “Eles não vão mais discutir isso agora porque não têm garantia de vaga majoritária, seja para o Senado, seja para vice. A Jéssica não quer ser vice; ela quer ser senadora. Eles veem a Mailza como uma jogadora que senta à mesa sem ter cartas para colocar: ‘Quem indica o vice sou eu, o Senado sou eu’. Então ela fica como uma espécie de rainha da Inglaterra”, destacou.
Os colunistas também avaliaram que falta maior presença da senadora Mailza nas agendas públicas e mais proximidade com a população. Para Marcos Venícios, a ausência dessa conexão pesa no debate político. “Falta química”, observou.
Astério Moreira acrescentou que a relação entre Bocalom e Mailza está desgastada e sem possibilidade de reconciliação, ao menos no cenário atual. Ele afirmou que a aliança é considerada “desfeita”. “A candidatura do Bocalom está tão consolidada que, segundo pesquisas para consumo interno, ele está bem avaliado. Chegou a um ponto sem volta — embora nada seja impossível”, declarou.
Sobre um possível nome para vice-governador na chapa de Mailza Assis, Asterio Moreira e Luiz Carlos Moreira Jorge afirmaram que, internamente, o governo avalia Marcos Alexandre como uma boa opção. “Eles entendem que seria um bom nome, seria um vice ideal. Só que, na última reunião, ele disse que não admite discutir o assunto porque é candidato a deputado estadual”, revelou Luiz Carlos.
ASSISTA AO VÍDEO:


















