A coluna peleja em busca de ser justa. E como nenhum colunista falou até agora, faz-se, então, um reconhecimento: o que os meninos da Polícia Militar evitaram, na última segunda-feira, no Belo Jardim II, é digno de nota. Eles prenderam seis jovens que iriam cometer matança de um grupo rival em outro bairro.
Escopetas, pistolas, facão e muita munição. É preciso reconhecer o que se evitou. A ação da PM não foi fruto de inteligência da corporação. Foi uma denúncia anônima. Mas fica o registro de quem não exita em criticar a PM. Mas reconhece quando ela acerta.
A Junta Comercial do Acre está desolada com a decisão da Receita Federal em complicar a emissão do CNPJ. Agora, as informações têm de passar por um tal módulo de administração tributária, mais desses trecos que a burocracia inventa para atravancar o progresso.
O cenário político do Acre começa a se reorganizar para 2026 com alianças ainda fluidas, especialmente no campo governista, onde disputas internas por espaço desafiam a unidade. A oposição tenta se recompor, mas segue fragmentada, apostando mais em desgaste do governo do que em projetos consistentes….
…no fundo, no fundo – mas bem lá no fundo (há umas 25.000 léguas) o pessoal do PT só tem como luz no fim do túnel o julgamento de Gladson Cameli no STJ. Se não der, a balsa começa a se cobrir de água e naufraga antes de chegar a Manacapuru.
Hoje não é sexta-feira 13, mas tem festa no PT, que recebe em sua sede, em Rio Branco, o presidente nacional do partido, Edinho Silva. Vem ver de perto a atual situação do partido, que está com dificuldade de fazer chapa forte parar as eleições de 2026.
A corrida eleitoral nacional pressiona o Acre a redefinir posições, já que partidos locais dependem fortemente de acordos com lideranças de fora. A disputa tende a ser marcada por pragmatismo extremo, rearranjando siglas, mudando discursos e priorizando quem tiver estrutura para atravessar uma campanha cara.
O reconhecimento do ofício das tacacazeiras como Patrimônio Cultural reafirma a força da culinária amazônica como economia, afeto e sobrevivência. O Acre integra o conjunto de Estados onde a tradição resiste e se reinventa diante da informalidade e da falta de políticas continuadas…. por fim, quem não aprecia um tacacá no final da tarde na praça?
A inauguração da AC-445 é uma entrega que encerra uma espera de 40 anos, mas escancara a lentidão histórica da infraestrutura no Acre. A ligação entre Bujari e Porto Acre, embora tardia, deve reorganizar fluxos rurais e reduzir custos no transporte escolar e agrícola.
A AC-445 deve reduzir o isolamento entre municípios pequenos, mas o impacto depende de manutenção contínua — ponto frágil do historico rodoviário do Acre. A obra chega completa, mas a durabilidade sempre foi o calcanhar de Aquiles das estradas locais.
O otimismo do empresariado na Black Friday revela mais sobre a necessidade urgente de girar estoque do que sobre uma recuperação real do consumo. A aposta em descontos agressivos pode aliviar o mês, mas não resolve o endividamento crônico das famílias acreanas.
Os 877 mil atendimentos do Ligue 180 em dez meses no Brasil mostram uma demanda crescente por proteção e um país ainda incapaz de reduzir índices de violência. A confiança no serviço avança, mas a resposta local — delegacias e redes de apoio — segue desigual entre os estados.
O novo Painel de Dados do Ligue 180 coloca o Brasil na rota de monitoramento moderno da violência de gênero, algo inédito em escala federal. A iniciativa pressiona estados, inclusive o Acre, a ajustar suas próprias estatísticas e admitir subnotificações históricas.
O aumento das denúncias feitas pela própria vítima indica coragem, mas também a falta de alternativas presenciais de acolhimento. No Norte, especialmente no Acre, a distância geográfica continua sendo um obstáculo para que a proteção chegue a tempo.
A inauguração da Ponte da Sibéria, em Xapuri, rendeu um pix de R$ 1.000 para uma morena. Explico e podem olhar os sinais: o político que participava da festa ficou tão feliz que resolveu agradar uma de suas namoradas. Ocorre que a tal moça vive um relacionamento sério com um cantor sertanejo cujo os “atributos” não são tão avantajados. Ela comemorou o pix no meio de outras amigas no Iphone 16 que ganhou recentemente do músico.
Enquanto o Acre avança no ranking de crescimento, ainda patina na diversificação produtiva, mantendo sua dependência de serviços públicos e transferências federais. A disputa por investimentos privados continua sendo seu principal desafio estrutural.
A trajetória das tacacazeiras expõe como a Amazônia transformou vulnerabilidade em cultura, renda e identidade urbana. O reconhecimento do Iphan dá visibilidade às mulheres invisibilizadas pelas políticas formais, mas não resolve a precariedade do trabalho de rua.
O tacacá, mais que um prato, reflete modos de viver que resistem apesar da urbanização acelerada do Norte. Nas capitais amazônicas — Rio Branco incluída — o ofício revela como a cultura se torna política, economia e memória, tudo servido em uma cuia quente.
O Governo do Acre encontrou uma casa de caba ao anunciar a integração com o Peru por meio do município de Marechal Thaumaturgo. Se os debates públicos estavam sendo pensados apenas para referendar o que já está definido, agora, encontrou-se o mote e as personagens certas para a discussão fluir.
A presidente da Associação dos Produtores do Polo Wilson Pinheiro, na Transacreana, denuncia atraso no pagamento dos insumos da merenda escolar. A Seme admite atraso, mas não de cinco meses, como os agricultores alegam. A Seme alega que houve um problema técnico com o pagamento via verba do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Mas assegura que semana que vem realiza o pagamento com recursos próprios.
Até na inauguração de uma simples ponte os assessores do Governo do Acre veem fantasmas do PT. No Acre, o PT só tem sido lembrado mesmo nas falas de figuras do Gabinete Civil. Em nenhum lugar mais. Ah… e nos delírios do senador Marcio Bittar, que estão ficando cada vez mais engraçados!
Nem na eleição para reitor da Ufac o PT tem se articulado. É uma ausência que tem chamado atenção até mesmo dos professores da instituição. Intrigante como a Universidade Federal do Acre reflete o que acontece no cenário “fora muro”. Lá dentro, o racha está do lado direito do barranco.
O leitor pode anotar na caderneta de especulações: nas eleições do ano que vem, Luiz Tchê vem forte no setor rural.
Nos bastidores do MDB, a informação é de que Marcus Alexandre não pretende disputar uma vaga de deputado federal pela sigla. O receio de uma nova derrota pesa na decisão, e a tendência é que ele busque uma candidatura à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).