Uma dupla residente em São Paulo foi identificada pela Polícia Civil do Amapá por aplicar o “golpe do falso advogado” em moradores do estado e de outras regiões do país. Os suspeitos utilizavam ao menos 16 chips telefônicos diferentes para dificultar o rastreio e enganar as vítimas.
Segundo o delegado Nixon Kenedy, da 9ª Delegacia de Polícia de Macapá, no bairro Zerão, os investigados monitoravam pessoas com processos em andamento na Justiça do Amapá e se passavam por seus advogados. Com conversas conduzidas por aplicativos de mensagens, eles convenciam as vítimas a pagar supostas taxas e guias judiciais inexistentes.
A investigação apontou que várias linhas telefônicas eram registradas em nomes de terceiros — inclusive de vítimas — para simular contatos profissionais e dar aparência de legitimidade ao golpe.
O uso de quase 16 chips em apenas três aparelhos reforça, de acordo com a Polícia Civil, que o esquema era estruturado e operava em escala interestadual. Há registros de vítimas em vários estados, e um dos suspeitos já responde por estelionato na Bahia, indicando possível reincidência.
A dupla foi indiciada por falsidade ideológica e fraude eletrônica, modalidade de estelionato prevista no Código Penal.